Vazio sanitário da soja em Goiás permanece até 30 de setembro

Publicado em 21/09/2018 16:34

Com as chuvas já chegando em várias regiões de Goiás, os produtores estão animados com a perspectiva de iniciar a semeadura de soja mais cedo este ano. Apesar de máquinas e insumos estarem preparados para dar início à safra 2018/19, a semeadura da oleaginosa no Estado está autorizada somente a partir de 1° de outubro, após o período de vazio sanitário, alerta a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Goiás (Aprosoja-GO).

Segundo a entidade, a fiscalização das normas fitossanitárias pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) estão mais intensas. "Apesar das multas pouco expressivas, temos visto algumas situações de acionamento do Ministério Público nos casos de descumprimento do vazio sanitário, o que pode gerar sérios transtornos aos produtores", conta o presidente da Aprosoja-GO, Adriano Barzotto.

O período de 90 dias do vazio sanitário – que, em Goiás, vai de 1º de julho a 30 de setembro – resulta de pesquisas sobre o desenvolvimento do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática. Há um entendimento científico estadual e nacional sobre a necessidade de se respeitar o vazio, ou seja, sem plantas de soja no solo, como forma de reduzir a pressão de pragas e doenças.

"Reforçamos a importância dos produtores respeitarem as normas para garantir a segurança da nossa produção e evitar surtos mais severos de ferrugem asiática e outras moléstias nos meses da safra", ressalta Barzotto.

A Aprosoja-GO informa ainda que o zoneamento agrícola estabelecido pelo Ministério da Agricultura para Goiás segue o calendário oficial de plantio. Portanto, em caso de acesso a crédito rural ou acionamento de seguro agrícola, por exemplo, estarão cobertos apenas os produtores que plantaram suas lavouras a partir de 1º de outubro, como prevê o zoneamento.

Vale lembrar também que historicamente os mapas de risco climático mostram que plantar soja em Goiás antes de outubro não é viável, pois nessa época o volume de chuvas ainda é insuficiente para a semeadura e eleva significativamente os riscos de perdas produtivas.

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Fonte: Aprosoja GO

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