Soja intensifica baixas em Chicago nesta 3ª feira se preparando para o USDA e de olho no dólar

Publicado em 11/09/2018 12:48

Os preços da soja intensificaram as baixas registradas na Bolsa de Chicago no início da tarde desta terça-feira (11). Os futuros da oleaginosa, por volta de 12h15 (horário de Brasília), recuavam entre 6 e 6,50 pontos, o que levava o novembro/18 aos US$ 8,38 por bushel. 

O mercado internacional, segundo explicam analistas e consultores, se ajustam antes da divulgação do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que será reportado nesta quarta (12). 

E as expectativas dos traders deverão ser números baixistas para os preços, com correções para cima da nova safra dos Estados Unidos. 

Os dados de produtividade deverão ser recordes, ainda de acordo com as expectativas, e os estoques finais 2018/19 também deverão ser revisados para cima, e confirmando-se esse quadro, uma nova pressão sobre as cotações é esperada. 

"Hoje é véspera do relatório USDA de oferta e demanda mundial e, provavelmente, veremos alguns ajustes de posições e talvez proteção contra números possivelmente baixistas", diz o diretor da Cerealpar, Steve Cachia.

Os preços sentem também o peso de um cancelamento de vendas de 129 mil toneladas de soja dos EUA para destinos não revelados. A atividade foi informada nesta terça pelo USDA e deu mais força às baixas. 

Além do cancelamento, a alta forte do dólar frente ao real também é outro fator de pressão. Perto de 12h50 (Brasília), a moeda americana era cotada a R$ 4,16, com alta de 1,73%. Mais cedo, a divisa subia mais de 2% e o foco dos participantes do mercado segue mantido sobre a corrida presidencial no Brasil. 

Ademais, o mercado segue atento ainda às negociações comerciais em torno da disputa EUA x China e do Nafta, além da pressão da colheita que se inicia, ainda de forma tímida, no Corn Belt. Sendo esse último fator, porém, ainda de pouca influência expressiva sobre as cotações. 

"O início da colheita nos Estados Unidos traz alguns relatos de produtividades, porém nada em área significante. Os primeiros talhões colhidos possuem números abaixo do esperado, porém são regiões que sofreram com estiagens de junho e início de julho", diz o boletim diário da AgResource Mercosul (ARC).

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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