Soja passa a subir em Chicago nesta 3ª feira e, com dólar, Paranaguá bate em R$ 96 no disponível

Publicado em 04/09/2018 12:24

Depois de começar o dia atuando com estabilidade e do lado negatvo da tabela, as cotações da soja voltaram a subir no pregão desta terça-feira (4) na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa, por volta de 11h40 (horário de Brasília), subiam entre 5,50 e 6,75 pontos entre as posições mais negociadas, com o novembro/18 cotado a US$ 8,50 por bushel. 

O mercado, segundo explicam analistas e consultores internacionais, se comportam de forma técnica, encontrando espaço para uma recuperação. Além disso, a movimentação dos negócios no mercado físico norte-americano também influencia neste momento. 

"Os produtores venderam soja no físico para abrir espaço de armazém. Agora retraem venda por entrar em colheita. A falta de interesse na venda coloca o lado comprador na necessidade de alavancar preços. CBOT precifica mercado físico americano, sem dúvida alguma", explica Matheus Pereira, analista de mercado da AgResource Mercosul. 

O que ainda limita as cotações, por outro lado, é a boa conclusão da nova safra americana e a pressão que o início da colheita pode exercer sobre as cotações, bem como as questões comerciais que ainda rondam o mercado internacional. Tanto a guerra comercial entre EUA e China, quanto as negociações sobre o Nafta. 

Por outro lado, há expectativas de uma maior demanda pela soja dos EUA depois que a China anunciou taxações sobre suas exportações do complexto soja e grãos. A medida poderia ampliar e otimizar a competitividade da soja americana e dar algum suporte às cotações. 

"Pressão sazonal da aproximação do período de colheita da safra recorde no centro-oeste americano e suporte da expectativa de demanda nova para soja dos EUA", diz o diretor da Cerealpar, Steve Cachia.

No Brasil

Com a leve melhora dos preços na Bolsa de Chicago e mais o dólar ainda acima dos R$ 4,10, os preços no mercado brasileiro também têm apresentandos referências mais altas nesta terça-feira. 

No porto de Paranaguá, a soja disponível, para pagamento curto, ainda mantém os R$ 91,00 por saca, e bate nos R$ 96,00 quando o pagamento é definido para 30 de outubro, segundo informações apuradas pela De Baco Corretora de Mercadorias. Os prêmios variam de 200 a 213 cents acima dos valores praticados em Chicago. 

Para a soja da nova safra, os patamares são também atrativos. Posto Rio Grande, com entrega maio e pagamento início de junho o valor de referência é de R$ 88,00 por saca. Passa a R$ 89,00 com entrega junho, pagamento no fim do mesmo mês.

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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