Soja: Cotações renovam máximas, mas liquidez doméstica é baixa

Publicado em 03/09/2018 10:22

A soja em grão voltou a ser negociada acima dos R$ 92,00/sc de 60 kg no porto de Paranaguá (PR) e dos R$ 85,50/sc nas regiões paranaenses, os maiores patamares desde julho/16, em termos reais (IGP-DI de julho/18). Segundo colaboradores do Cepea, o impulso veio da forte valorização do dólar frente ao Real, cenário que favorece as exportações – a moeda norte-americana fechou a R$ 4,16 na quinta-feira, 30, o maior valor desde o início do plano Real. O ritmo de negócios no mercado brasileiro, no entanto, está lento. Do lado vendedor, sojicultores, atentos ao câmbio e também ao menor excedente interno, se retraíram do mercado, na expectativa de elevação nos valores nos próximos dias. Do lado da demanda, muitas indústrias estão saindo do mercado para realizar manutenção, enquanto as ativas reduzem o ritmo de compra de grãos. Nestes casos, mostram dificuldades no repasse das valorizações dos grãos aos derivados, especialmente devido ao fraco desempenho dos setores de aves e suínos, que vem limitando as aquisições de farelo. Os altos valores dos fretes também influenciam a diminuição nas transações nacionais. Entre 24 e 31 de agosto, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) avançou 1,56%, a R$ 92,62/saca de 60 kg na sexta-feira, 31. No mesmo comparativo, o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná subiu 0,96%, a R$ 85,88/sc de 60 kg no dia 31.

Tags:

Fonte: Cepea

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Cima favorável nos EUA, demanda fraca pelo produto americano e rumores sobre retenciones na Argentina pressionam soja em Chicago
Preços da soja seguem recuando em Chicago nesta 3ª feira, acompanhando derivados
Soja: Mercado testa novas baixas expressivas em Chicago nesta 3ª, na esteira do trigo que perde mais de 2%
DATAGRO Grãos sinaliza 18º avanço consecutivo na área de soja do Brasil na safra 2024/25
Soja em Chicago rompe suporte importante dos US$10,30/bushel para Novembro, mas consegue finalizar acima desse patamar
Preços da soja fecham com mais de 1% de queda em Chicago nesta 2ª; atenção às retenciones na Argentina