Soja: Mercado testa leve ajuste em Chicago e trabalha do lado positivo da tabela na tarde desta 2ª

Publicado em 13/08/2018 13:06

O mercado da soja mudou de direção e passou a atuar, na sessão desta segunda-feira (13), do lado positivo da tabela na Bolsa de Chicago. Depois de começar o dia perdendo até 10 pontos entre os principais vencimentos, por volta de 12h40 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 2,25 e 3,50 pontos. 

Assim, o novembro/18 - referência para o mercado neste momento - trabalhava com US$ 8,64 por bushel. O janeiro/19 tinha US$ 8,76. 

Os futuros da oleaginosa começaram a semana ainda refletindo os últimos - e baixistas números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) - e também as condições de clima que ainda favorecem o desenvolvimento das lavouras norte-americanas. 

Por outro lado, os traders buscam uma recuperação e um ajuste, depois da despencada de mais de 4% na sessão da última sexta (10). E se apegam ainda aos embarques semanais norte-americanos dentro do esperado e ao anúncio de uma nova venda de soja de mais de 140 mil toneladas da safra 2018/19 para o México. 

Além disso, como explicam analistas internacionais, a pressão da guerra comercial China x EUA ainda não se dissipou e "os produtores americanos ainda têm os silos para esvaziar antes de começar a colheita 2018", diz o boletim diário da Allendale. 

E os números dos estoques finais de soja da nova safra, ainda de acordo com o reporte do USDA, também cresceram de forma considerável e a estimativa passa de 20 milhões de toneladas. 

Clima nos EUA Apesar dos números do USDA, as informações de clima para o Meio-Oeste americano, bem como as reais condições da safra, sempre trazem alguma divergência entre os analistas e consultores de mercado. Além do mais, há pontos que trazem alguma preocupação por conta da falta de chuvas nesse momento. 

Ainda de acordo com as previsões apuradas pela AgResource, áreas de e Illinois, Wisconsin, Indiana e Iowa passam por um período passageiro de estiagem. Mas, informa ainda que, apesar de chuvas mais retraídas no curto prazo, os mapas mostram que, na segunda quinzena de agosto, as precipitações já voltam a ser mais expressivas, com volumes melhores para toda a região do Corn Bel e Delta do Mississipi. 

"A equipe de meteorologia da ARC alerta que há pontos de perdas, principalmente sobre o norte de Iowa e nas Dakotas, porém não são regiões que trazem expressividade para a estimativa nacional dos EUA", diz a consultoria.

Leia mais:

>> EUA: Bom cenário de clima deve garantir maior produtividade da nova safra

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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