Soja: Preços seguem em alta na Bolsa de Chicago e buscam retomar patamar dos US$ 9/bushel

Publicado em 30/07/2018 14:12

Na sessão desta segunda-feira (30), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago seguem atuando do lado positivo da tabela, buscando retomar o patamar dos US$ 9,00 por bushel. Por volta de 13h45 (horário de Brasília), os preços subiam entre 4,75 e 5,75 pontos, com o novembro/18 - que é a atual referência do mercado - valendo US$ 8,91 por bushel. 

Os sinais de uma melhor demanda pela soja norte-americana tem dado espaço para os ganhos neste início de semana, segundo explicam analistas e consultores internacionais, ao lado de outros fatores. 

De acordo com informações de agências internacionais, os ganhos refletem o noticiário mais calmo sobre as tensões comerciais no mundo e acabam mudando o foco central dos traders. Números bons dos embarques semanais norte-americanos trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no início da tarde de hoje fortaleceram esse quadro. 

Na semana encerrada em 26 de julho, os embarques norte-americanos de soja somaram 740,323 mil toneladas, contra o intervalo esperado pelos traders de 500 mil a 700 mil toneladas. No acumulado da temporada, os EUA já têm embarcadas 52.448,820 milhões de toneladas, contra mais de 54 milhões do ano passado, nesse mesmo período. 

Por outro lado, os participantes do mercado se atenatam também às informações de que algumas plantas de processamento de soja na China estariam parando suas atividades, mesmo que temporariamente, por conta do fornecimento de matéria-prima. 

"A China está pagando um prêmio elevado pela soja da América do Sul em relação a dos EUA e tem diminuído seu ritmo de compras na última semana. Esse poderia ser um sinal de que o país poderá, eventualmente, ter que comprar dos EUA mesmo com a taxação", dizem os analistas da consultoria internacional Allendale, Inc. 

Como explica Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting, porém, esse 'fechamento' das plantas chinesas é 'normal' para esta época do ano, já que é o pico da entressafra, quando os preços da soja em grão ficam mais caras e ajustam as margens da indústria. "Trata-se de um movimento sazonal normal", diz. 

Ainda nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz seu novo boletim semanal de acompanhamento de safras, atualizando as condições das lavouras norte-americanas. Segundo expectativas, o índice de campos de soja e milho em boas ou excelentes condições deve aumentar essa semana. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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