Disputa comercial dos EUA com chineses tiram suporte de alta da soja em Chicago

Publicado em 31/05/2018 18:08

A soja caminhava com pequenos ganhos nesta quinta-feira (31) na Bolsa de Chicago (CBOT), mas inverteu as posições ao fechamento, com a pouca disposição do mercado pela pendência comercial dos Estados Unidos com a China.

Entre julho a setembro, de menos 4,4 a menos 3,6 pontos de variação, os contratos ficaram em US$ 10,19 e US$ 10,28, e o agosto em US$ 10,24.

Ao site Agriculture, o analista Jack Scoville argumentou que  “a greve dos caminhoneiros no Brasil está em colapso, embora ainda não haja entregas no porto de Santos. As condições das safras norte-americanas são boas, apesar de muita chuva no sudeste e ainda muito seca no Texas. O centro-oeste é bom. O monitor de seca mostrou melhores condições, mas ainda assim a seca está lá fora. Principalmente este é o fim do mês hoje. ”

Portanto, na sua opinião apenas a questão comercial com os chineses prevalecem, com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, a caminho da China para reanimais as negociações.

Para Scoville, no entanto, esse não é um fator fundamental, mas apenas um fator para os especuladores “que querem um problema em qualquer lugar”.

Índices dos EUA fecham em queda por novas preocupações de guerra comercial, mas sobem no mês

NOVA YORK (Reuters) - Os índices acionários dos Estados Unidos caíram nesta quinta-feira após os Estados Unidos decidirem impor tarifas sobre importações de metais de Canadá, México e União Europeia, levando a medidas retaliatórias de alguns de seus parceiros comerciais.

O Dow Jones <.DJI> caiu 1,02 por cento, a 24.415 pontos, o S&P 500 <.SPX> perdeu 0,69 por cento, a 2.705 pontos, e o Nasdaq Composite <.IXIC> recuou 0,27 por cento, a 7.442 pontos.

No mês, no entanto, o S&P 500, Dow e Nasdaq tiveram seus maiores ganhos percentuais desde janeiro. O índice de pequenas empresas Russell 2000 <.RUT>, cujos que integram tendem a ser focados internamente, teve seu maior ganho percentual mensal desde setembro.

Na quinta-feira, o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, disse que tarifas de 25 por cento sobre importações de aço e de 10 por cento sobre importações de alumínio de seus aliados entram em vigor na sexta-feira.

O México respondeu anunciando que vai impor medidas sobre produtos agrícolas e industriais dos EUA, inclusive aço.

O Canadá disse que irá impor tarifas em retaliação sobre 12,8 bilhões de dólares em exportações dos EUA e questionar as tarifas de aço e alumínio sob o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês) e na Organização Mundial de Comércio (OMC).

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Fonte: Notícias Agrícolas/Reuters

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