Soja: Mercado volta a recuar em Chicago na tarde desta 5ª feira ainda focado na demanda chinesa nos EUA

Publicado em 03/05/2018 12:34

O mercado da soja na Bolsa de Chicago deixou para trás a estabilidade e voltou a intensificar suas baixas no pregão desta quinta-feira (3). Por volta de 12h (horário de Brasília), os principais vencimentos cediam entre 7,25 e 8,50 pontos, levando o maio/18 a, novamente, perder os US$ 10,30 e ser cotado a US$ 10,25 por bushel. 

Segue o intenso movimento de realização de lucros no cenário internacional diante de muitas incertezas que ainda rondam o mercado e a formação dos preços da oleaginosa. Nem mesmo os números das vendas semanais norte-americanas reportados hoje pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que ficaram dentro das expectativas, foram suficientes para segurar as cotações. 

Na semana encerrada em 26 de abril, os EUA venderam 416,3 mil toneladas da safra velha, enquanto o esperado variava entre 300 mil e 600 mil toneladas. A maior parte foi destinada ao México. O volume é 12% maior do que o da semana anterior, mas 58% menos do que a média das últimas quatro. 

No acumulado da temporada, os EUA já têm 54.770,4 milhões de toneladas de soja comprometidas com a exportação, contra poucuo mais de 56 milhões do ano passado, nesse mesmo período. O USDA estima que o total das vendas externas seja de 56,2 milhões. 

Da safra 2018/19, as vendas somaram 469,9 mil toneladas, acima das expectativas do mercado, que oscilavam entre 150 mil e 350 mil toneladas, com a maior parte sendo adquirida pela Argentina.

O foco dos traders permance, portanto, sobre as discussões que começam a acontecer na China com uma delegação dos EUA, que chegou à nação asiática nesta semana, em torno de laços comerciais e acordos bilaterais. 

"É esperado que nenhum acordo definitivo seja estruturado até o fim desta semana entre as duas nações envolvidas, uma vez que a complexidade do tema não deve ser banalizada. É provável que a imposição tarifária proposta por ambos os países seja adiada por mais alguns meses, até resoluções definitivas sobre o embate comercial", diz o boletim diário da AgResource Mercosul.

Além disso, há ainda a questão climática no Corn Belt, que também divide os participantes do mercado. 

"O mercado de grãos está lidando com chuvas ao longo do cinturão. Para alguns, essa umidade intensa poderia atrasar ainda mais o plantio, enquanto para outros é a umidade necessária para as safras que precisam ser plantadas e sofreram com a intensidade do último inverno", diz o boletim diário da Allendale, Inc. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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