Soja em Chicago trabalha testando os dois lados da tabela nesta 4ª e busca definir direção

Publicado em 18/04/2018 12:34

Apesar de registrar oscilações bastante tímidas, o mercado da soja na Bolsa de Chicago registra uma sessão de volatilidade nesta quarta-feira (18), testando os dois lados da tabela. Após subir pouco mais de 6 pontos, as cotações voltaram a recuar e, perto de 12h20 (Brasília), perdiam entre 1,25 e 2,50 pontos. 

Dessa forma, o contrato maio/18 - que é o mais negociado nesse momento - valia US$ 10,43 por bushel, enquanto o julho e o agosto perdiam, mais uma vez, os US$ 10,60 e lutavam para se manter acima dos US$ 10,50 por bushel. 

O mercado segue buscando direção, com os fundos se reposicionando de forma cautelosa, também em busca de novas informações. Mais cedo, os preços da oleaginosa subiram puxados pelos ganhos observados no trigo. 

Segundo o analista de mercado Bryce Knorr, do portal Farm Futures, a recompra de posições que dá força às cotações do trigo chega também à soja, permitindo uma retomada das cotações. 

No entanto, os traders já têm precificadas as informações conhecidas e esperam por novidades para redefinir suas posições, como explicam analistas e consultores. Ainda assim, não tiram os olhos de fatores como a guerra comercial entre China e EUA, o início da nova safra norte-americana e a demanda. 

"O debate (China x EUA) continua e o mercado está esperando pela causa e efeito dessa disputa", diz a Benson Quinn Commodities. 

Como explica a consultoria internacional AgResource Mercosul (ARC), nesse momento, os importadores chineses Têm evitado novas e grandes compras de soja dos EUA, "continuando a adição de contratos de exportação para a oleaginosa brasileira e, até mesmo, alguns cargueiros provenientes do Canadá".

Na outra ponta, começa o plantio nos EUA, porém, ainda sem ritmo em função do frio intenso e da neve que cobre os campos no Meio-Oeste. Entretanto, como ainda é bastante cedo, o impacto dessas condições ainda é limitado, tal qual as especulações em torno desse quadro. 

"O cenário semelhante ao inverno perdura sobre as principais regiões sojicultoras norte-americanas. Temperaturas gélidas, tempestades de neve e solos secos consistem sobre o Cinturão Agrícola e a região do Delta norte-americano. Ainda é prematuro afirmar qualquer perda de safra, entretanto o plantio já se encontra atrasado. A permanência deste padrão climático para maio será extremamente prejudicial ao país", diz o reporte da ARC. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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