Soja: Após altas intensas, mercado tem leve realização de lucros e trabalha com estabilidade na CBOT

Publicado em 02/04/2018 13:04

O mercado da soja na Bolsa de Chicago mudou de lado no início da tarde desta segunda-feira (2) e, por volta de 12h40 (horário de Brasília), os futuros da commodity cediam entre 0,50 e 1,25 ponto nos principais contratos. Com isso, o maio/18 valia US$ 10,43 por bushel. 

Mais cedo, os ganhos passavam de 10 pontos entre as posições mais negociadas, com o mercado ainda sentindo os bons reflexos dos surpreendentes números de área que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxeram na última quinta-feira (29), ficando abaixo de todas as expectativas e também menores do que os da semana anterior. 

No entanto, os traders passaram a exibir um ligeiro movimento de correção, depois desse um dia e meio de altas fortes, com um movimento breve de realização de lucros. A pressão, segundo analistas internacionais, vem das tensões entre China e Estados Unidos, além do petróleo, que recua mais de 3% na tarde desta segunda-feira. 

Em retaliação às tarifas do presidente Donald Trump, a China impôs uma taxa de 25% sobre a carne suína americana. E a soja segue com um outro possível alvo. 

De acordo com informações da Reuters internacional, "a China ainda está considerando cortes nas importações de soja dos EUA contra as tarifas impostas por Washington, conforme disse o diretor da Ásia do U.S. Soybean Export Council, Paul Burke, após uma reunião com o Ministério da Agricultura". 

Além disso, os números dos embarques semanais norte-americanos, atualizado nesta segunda-feira pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ficaram dentro das expectativas e foram insuficientes para motivar uma sustentação às cotações. 

Na semana encerrada em 29 de março, os EUA embarcaram 542,434 mil toneladas de soja, volume menor do que o da semana anterior, porém, dentro das projeções dos traders de 300 mil a 680 mil toneladas. No acumulado da temporada, os embarques já chegam a 41.482,483 milhões de toneladas contra quase 47 milhões do ano passado, nessa mesma época. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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