Soja, por AgResource Mercosul: Demanda nos EUA volta a atrair atenção do mercado em Chicago
Reação alta, EUA & Argentina
Uma reversão expressiva do movimento desta quinta-feira (15) foi o cenário da CBOT hoje. As exportações norte-americanas da soja voltam a tomar a atenção da demanda mundial, mesmo fora do período sazonal do foco de compra chinês. A América do Sul, com a disponibilidade da soja em crescimento no decorrer da colheita no Brasil e Argentina, ainda assim perde algum espaço para as novas compras da oleaginosa dos Estados Unidos. Este movimento não é comum em dado período do ano, uma vez que o grão sul-americano disponível para exportação é mais barato que as ofertas estadunidenses. No entanto, a AgResource (ARC) lembra que desde novembro do ano passado o Brasil se mostra um ativo competidor de vendas de soja disponível, quando o "foco da vez" deveria ter sido as vendas provenientes da recém colhida safra norte-americana. Além do mais, na Argentina, a Bolsa do Comércio de Rosário reduziu, novamente, suas estimativas para a safra de soja no país, agora estimadas em 40 MTs. As reduções já somam mais de 14 MTs, desde as primeiras estimativas.
Clima - América do Sul
Nenhuma grande mudança foi observada nos mapas climáticos para os próximos 5 dias. Apenas alguns poucos deslocamentos das chuvas sobre a Argentina, que se movimentam em direção ao Norte. No entanto, para a próxima semana, quando era esperada uma nova rodada de precipitações sobre o Centro e Leste argentino, os mapas atualizados trazem agora um padrão com índices pluviométricos mais amenos. Entre 15 e 20 de março, o Rio Grande do Sul volta a ser regado com chuvas acima dos 25mm acumulados, oferecendo uma expressiva recuperação dos níveis de umidade do solo, principalmente para o lado sul do estado, que sofre com a seca durante quase todo o primeiro trimestre de 2018. No restante do Bra- sil, as chuvas continuam sendo um gargalo para o aquecimento do progresso da colheita, principalmente sobre partes do Mato Grosso e Goiás.