Soja: Quebra na AR e maior demanda elevam as cotações no Brasil
Pesquisadores do Cepea afirmam que os valores do complexo soja estão em alta no mercado brasileiro, devido à quebra na produção argentina, à firme demanda externa pela oleaginosa nacional e à maior procura doméstica por farelo de soja. No acumulado de março, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) subiu 1,67%, a R$ 79,68/saca de 60 kg nessa sexta-feira, 9. No mesmo comparativo, o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná registrou alta de 2,37%, a R$ 73,94/sc de 60 kg no dia 9. Segundo dados do USDA, a produção na Argentina está estimada em 47 milhões de toneladas, expressivos 18,7% inferior à projeção anterior e o menor volume desde a temporada 2011/12. Quanto à produção brasileira, o USDA indica 113 milhões de toneladas, apenas 0,96% abaixo da safra passada, que foi recorde. Esses números estão próximos aos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que indica produção nacional de 113,02 milhões de toneladas, 1,31% maior que a estimada em fevereiro e a segunda maior safra da história, caso se confirme. Mesmo com o aumento na produção, tanto o Departamento quanto a Companhia indicam aumento nas exportações de soja em grão, resultando em diminuição nos estoques de passagem.