Soja: Mercado trabalha com estabilidade e tímidas variações na Bolsa de Chicago nesta 5ª feira

Publicado em 15/02/2018 13:01

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago seguem trabalhando em alta no pregão desta quinta-feira (15). Por volta de 13h30 (horário de Brasília), as cotações subiam pouco mais de 4 pontos entre os principais vencimentos. O maio/18 valia US$ 10,32 por bushel. 

Como explicam os analistas da consultoria internacional Allendale, os traders permanecem atentos em dois principais fatores nesta semana: o dólar, que segue recuando no cenário externo, e o clima na Argentina, o qual continua adverso e comprometendo o potencial da safra 2017/18. 

Na Argentina, as chuvas continuam a aparecer de forma bastante irregular e não chegam às áreas onde são mais necessárias neste momento. Ao mesmo tempo, as temperaturas também seguem elevadas e crescendo, trazendo ainda mais preocupação aos produtores e ao mercado. 

As mudanças entre as condições argentinas são esperadas, de acordo com o modelo climático americano, somente a partir do dia 19 e de forma bastante pontual, como mostra o boletim diário da AgResource. 

"o modelo Americano (GFS) traz chuvas concentradas sobre o Centro-Leste da Argentina, entre 19-24 de fevereiro. Tais precipitações são bastante
localizadas e não trazem um cenário de "recuperação" em nível nacio- nal, uma vez que a falta de umidade do solo e o estresse hídrico são características generalizadas pela Argentina. Chuvas são extremamente necessárias no curto-prazo, por todo a região sul da América do Sul", diz o reporte.

Demanda

Do lado da demanda, as vendas norte-americanas para exportação ainda seguem evoluindo em um ritmo um pouco mais lento e acabam por limitar o avanço das cotações. 

De acordo com o boletim semanal do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), foram vendidas, na última semana, tímidas 640,4 mil toneladas. O mercado, porém, também esperava uma faixa mais baixa de números para a oleaginosa, que variava de 450 mil a 750 mil toneladas. Em relação à semana anterior, a queda no volume foi de 4% e de 8% se comparado à média das últimas quatro. A China permanece como principal destino da commodity. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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