Sem manejo e aplicações corretas, perda de soja por enfermidades pode chegar a 30% na Argentina
Além dos problemas com a seca, o final de ciclo da soja na Argentina pode ser afetado fundamentalmente por doenças como a mancha marrom, o crestamento foliar e a mancha olho de rã (ou Podridão seca). Embora essas doenças afetem todas as zonas que cultivam a oleaginosa, a prevalência de uma ou outra depende das condições do cultivo e das características da zona.
Embora que na maioria parte da área agrícola o problema seja a falta de água, diferentes áreas do Noroeste e do Nordeste argentino registraram chuvas abundantes e a condição úmida favorece o desenvolvimento dessas doenças.
Em 2017, 90% das áreas monitoradas no norte da província de Buenos Aires também apresentaram sintomas de mancha marrom, doença que pode afetar todas as variedades da oleaginosa.
"Quando há características ambientais que favorecem o desenvolvimento da doença, a mancha marrom pode afetar até 15% do rendimento", advertiu Lucrécia Couretot, fitopatologista do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA). No caso da mancha olho de rã, que se desenvolve em áreas quentes, necessitando sempre de temperaturas altas, as perdas podem alcançar até 30%.
"Com a aparição dessas doenças, é importante realizar a aplicação de fungicida, atentando-se para o uso de novas combinações, que são muito mais eficientes no controle", recomenda Couretot.
Em zonas de estresse hídrico como o norte e o centro de Buenos Aires, é fundamental que os produtores se protejam frente às adversidades climáticas com fungicidas, já que as doenças estão latentes.
Tradução: Izadora Pimenta