Modelos divergem sobre chuvas na Argentina e soja em Chicago mantém baixa

Publicado em 05/02/2018 11:02

A soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) segue em baixa e mantém no pregão regular, a mesma pressão nos preços que vinha sendo registrada nos negócios noturnos.  Por volta das 11h 45 o principais vencimentos registravam quedas entre 6 e quase 7 pts nesta segunda-feira (05)

O vencimento março/18 estava cotado em US$ 9,72 por bushel, queda de 6,5 pts e enquanto o maio/18 trabalhava a US$ 9,83 por bushel, também recuando 6,5 pts. Soja agosto/18  tinha recuo de 6,5 pts cotada a US$ 9,95/bushel.

Para a Labhoro Corretora, tecnicamente o mercado fechou no lado negativo na sexta-feira (02) e nesta  segunda-feira (05) já rompeu um suporte importante dos US$ 9,75, e agora poderá testar os US$9,70/9,67.

O clima é sem dúvida o fator mais importante neste momento capaz de reverter o mercado, no entanto, as divergências entre os mapas climáticos europeu e americano  podem vir a pesar novamente sobre a decisão dos investidores.

As previsões estão em sintonia para os próximos 3 dias,com clima seco e temperaturas elevadas em grande parte das regiões produtoras.  Mas quando a análise se estende um pouco mais, as dúvidas aparecem com o modelo americano apontando para maiores volumes de chuvas, divergindo sobre o que está mostrando o modelo europeu.

O clima na Argentina segue como importante fator de direcionamento para os preços da soja em Chicago, já que as lavouras no país se encontram em momento crítico do desenvolvimento - floração e enchimento de grãos - que exige mais umidade.

Mas segundo alguns analistas, só um fechamento acima de US 10,00 para o contrato março seria capaz de disparar o gatilho de compras por parte dos fundos, mas para isso terão que contar com clima adverso.

No caso da Argentina, as previsões de clima seco e altas temperaturas foram determinantes para um cenário que fez com que a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) reduzisse a estimativa da safra para essa temporada de 54 milhões para 51 milhões de toneladas.

"Se perdermos 2 ou 3 milhões de toneladas de oferta na Argentina, isso poderia ser compensado por um valor equivalente no Brasil", disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics, em entrevista a Reuters.

 

 

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Fonte: Notícias Agrícolas

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