Soja: Com tentativa de recuperação e dólar em baixa, preços têm leves altas em Chicago

Publicado em 18/01/2018 14:59

Os preços da soja voltaram a subir na Bolsa de Chicago na tarde desta quinta-feira (18). Por volta de 15h30 (horário de Brasília), os preços subiam entre 5,50 e 5,75 pontos, com o março/18 valendo US$ 9,74 e o maio/18, referência para a safra do Brasil, com US$ 9,85 por bushel. 

O mercado veio recuperando parte das últimas baixas registradas nas sessões anteriores, porém, ainda necessita de informações mais relevantes para poder efetivar um movimento mais claro dos preços. 

Ao lado desse movimento técnico de retomada, há ainda uma baixa do dólar não só frente ao real, mas diante de uma cesta de principais moedas. No Brasil, o recuo da divisa era de 0,07% para R$ 3,215, e o index cedia 0,29% para 90,39. Nos últimos dias, o índice registrou sua mínima em três anos. 

Além disso, segue o foco dos traders sobre a questão climática na Argentina, porém, a falta de grandes ameaças confirmadas até este momento segue limitando as variações. No Brasil, os problemas são pontuais e, dessa forma, também não têm exercido grande influência sobre o andamento das cotações na CBOT. 

Para analistas internacionais ouvidos pelo Agrimoney, o sentimento do mercado é de que haja algo entre 10% e 15% das áreas e soja e milho na Argentina com problemas de umidade, com a possibilidade de um stress no curto prazo. 

"O resto da Argentina parece contar com umidade suficiente até o final deste mês. Já no final de fevereiro, o tempo volta a ficar mais seco", diz a consultoria CHS Hedging. 

Ratificando essa posição, a AgResource Mercosul mostra, em seu boletim diário, que o as especulações - diante desse quadro - também estão mais limitadas nesse momento em Chicago e precisam de novidades para retomar seu volume. 

"O padrão climático na América do Sul não ressalta nenhuma preocupação expressiva nos próximos dias, diminuindo o interesse especulativo em qualquer tentativa de nova alta do Mercado", mostra o boletim da empresa.

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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