Com clima na América do Sul em foco, soja segue estável em Chicago nesta 4ª feira

Na sessão desta quarta-feira (17), os preços da soja seguem atuando com estabilidade, porém, testando os dois lados da tabela na Bolsa de Chicago. Depois de bater nas máximas uma semana ontem, as cotações chegaram a apresentar ligeiras baixas mais cedo, de pouco mais de 1 ponto. 

Ainda assim, o contrato maio/18, que serve como referência para a safra brasileira, ainda se mantinha acima dos US$ 9,75 por bushel, por volta de 11h45 (horário de Brasília). O março, que é a posição mais negociada nesse momento, tem US$ 9,68.

"Os preços da soja devolvem parte dos últimos ganhos com o mercado ainda digerindo algumas notícias de clima na América do Sul e novos dados de demanda (embarques semanais do USDA e dados da NOPA)", explica Bryce Knorr, analista de mercado do portal internacional Farm Futures. 

O clima na América do Sul, entre os fundamentos, ainda parece ser o principal fator acompanhado pelo mercado. No entanto, com informações divergentes sobre o cenário e o potencial da nova safra, falta direção aos traders. 

Enquanto bolsas locais já reduzem suas projeções para a colheita da Argentina, um adido do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em Buenos Aires soltou um reporte dizendo "ser ainda muito cedo para estimar uma produção menor no país". 

"A especulação continua na procura de um catalisador fundamental de suporte aos preços em meio aos fundos de investimento ainda em níveis líquidos de posicionamento recorde no lado da venda", diz o boletim diário da AgResource Mercosul. 

Ainda segundo Knorr, além das manchetes do tempo seco na Argentina, circulam as informações de que a região Centro-Oeste do Brasil poderiam registrar um tempo mais seco do que o normal no período dos próximos 10 dias, o que poderia trazer algum prejuízos para as lavouras. 

De acordo com informações do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), volta a chover de forma mais intensa a partir de 23 de janeiro em Mato Grosso, Goiás e boa parte da região do Matopiba. 

No Rio Grande do Sul, principalmente na parte norte do estado, as chuvas começam a aparecer no radar, porém, ainda serão limitadas. No Paraná, as chuvas ainda são pesadas, assim como em Santa Catarina, também de acordo com informações do Inmet.