Soja, por AgResource Mercosul: Clima direciona o mercado; chuvas ainda escassas na Argentina
Clima direciona o mercado
A Bolsa de Chicago nesta quarta-feira (4) se mostrou mais ativa com um volume de operações um pouco superior aos últimos dias de negociações, porém ainda dentro da média para o período. Com altas sustentadas pela constante incerteza sobre os mapas climáticos para a América do Sul, os especuladores do Mercado ficam atentos às novas atualizações para as previsões do La Niña. Segundo a Agência de Meteorologia da Austrália, o fenômeno climático que proporciona o esfriamento da região oceânica do Pacífico Equatorial (também conhecida como região NINO3.4), tem 100% de probabilidade de permanecer durante janeiro e 78,8% de perdurar durante fevereiro. Se confirmado, o La Niña estaria afetando as projeções climáticas nos dois principais meses no desenvolvimento da soja na Argentina, quando a oleaginosa entra em reprodução na maioria do país. Ainda é prematuro para qualquer afirmação de perda produtiva na América do Sul. A ARC continua estimando 111 MTs de soja produzidas no Brasil e 55,5 MTs na Argentina, no atual ano safra 17/18.
Clima na América do Sul
Os mapas climáticos atualizados hoje trazem diferenciações acentuadas dentre os principais modelos. As previsões do GFS (Americano) trazem chuvas mais escassas para a Argentina e concentradas no Centro do Brasil, nos próximos 10 dias. Já no período de 13 a 18 de janeiro, uma rodada de precipitações acima dos 25mm acumulados deverá cobrir 90% da área sojicultora na Argentina. No entanto, os demais modelos climáticos não confirmam tal rodada de chuvas que chega em meados do mês. Os mapas do ECM (modelo Europeu), trazem chuvas concentradas apenas no norte da Argentina, neste mesmo período. A alta divergência nas leituras diminui drasticamente a confiança em tais chuvas. A ARC acredita que os mapas deverão mudar muito antes de trazerem um padrão similar em todas as leituras, especialmente por se tratar da influência de um La Niña.