Soja: Mercado em alta forte. Clima na América do Sul preocupa compradores, por Miguel Biegai
Bom dia! Os contratos futuros de soja na Bolsa de Chicago operam em forte alta na madrugada desta segunda-feira (04/12). O vencimento janeiro/18 está com 11,25 centavos de alta, e vai sendo negociado a US$ 1005,50 centavos por bushel.
As projeções climáticas de médio prazo estão preocupando traders responsáveis pelo abastecimento de soja para empresas asiáticas. O foco é principalmente sobre Argentina e Rio Grande do Sul. É bom que se frise que, neste momento, nenhuma região apresenta stress hídrico na América do Sul, salvo pontuais exceções. No entanto, as projeções para o período de 10 a 15 dias mostra reduzido volume de chuvas. Mas o que mais preocupa mesmo é o padrão típico de La Niña que estas projeções de médio prazo estão mostrando, e porque este padrão tende a se manter. E isso corroboraria as previsões de longo prazo (30 a 60 dias) que existem no mercado.
Como a demanda asiática está muito aquecida, alguns operadores, na dúvida, estão se protegendo com compra de futuros ou com compra de opções (calls). Na quinta-feira (30/12) comentei que a volatilidade estava baixa, com as opções "magrinhas" e seria interessante comprar calls (opções de compra). A estratégia está se mostrando acertada.
Graficamente, há um "gap" no contrato de janeiro/18 entre US$ 995 e US$ 997 cents bushel. Em teoria, o mercado gosta de voltar pra fechar o gap, embora em commodities esta premissa não seja tão seguida como no mercado acionário. Isso se deve ao fato de que os contratos de commodities "expiram", tem vencimento, enquanto que no mercado acionário, não. A linha azul no gráfico é a resistência, que foi justamente a máxima no noturno, em US% 1006,25. Se fechar acima desse patamar hoje, volta pra antiga tendência de alta.