Soja segue estável em Chicago nesta 4ª e Paranaguá tem até R$ 74,50 no disponível

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago seguem atuando com estabilidade nesta quarta-feira (8). As cotações, por volta de 12h (horário de Brasília), subiam pouco mais de 2 pontos, com o janeiro/18 valendo US$ 9,98, enquanto o maio/18, referência para a safra do Brasil, era cotado a US$ 10,17 por bushel. 

"É a terceira sessão consecutiva de alta. Mercado segue à espera – e se posicionando – frente ao relatório de oferta e demanda. A previsão é de que haja certo corte na produtividade das lavouras de soja e, consequentemente, redução dos estoques finais", explica Camilo Motter, analista de mercado e economista da Granoeste Corretora de Cereais.

O mercado já se prepara e se posiciona para o novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz amanhã. Os números de demanda, estoques e produtividade são alguns dos mais aguardados. 

Ao mesmo tempo, há ainda muita atenção ao clima na América do Sul, tal qual a evolução do plantio, principalmente no Brasil. Os trabalhos de campo, até o momento, passam de 40% e em alguns locais as chuvas ainda não são suficientemente regulares para um avanço mais intenso. 

Da mesma forma, os traders também se mantêm muito atentos à movimentação cambial, com o dólar voltando a se fortalecer diante do real, tornando a soja americana, mesmo que pontualmente, menos competitiva. 

Hoje, a moeda americana passa por um novo ajuste e recua 0,87% para R$ 3,249. 

Além disso, a demanda segue firme. O Serviço Alfandegário da China informou, nesta quarta-feira, que as importações no período de janeiro a outubro deste ano chegam a 77,3 milhões de toneladas, 15% acima do mesmo intervalo do ano anterior. 

No Brasil, os preços vêm conseguindo sustentar patamares importantes. Em Paranaguá, a soja disponível varia entre R$ 73,50 e R$ 74,50 por saca. No interior do Paraná, na região Oeste, as cotações têm indicativos entre R$ 68,50 e R$ 70,00.