Com foco no clima nos EUA e no Brasil, soja tem dia de ligeiras desvalorizações em Chicago

Publicado em 18/10/2017 16:33

O pregão desta quarta-feira (18) foi de ligeira queda aos preços da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity trabalharam dos dois lados da tabela, mas encerraram o dia com leves perdas, bem próximas da estabilidade. O novembro/17 era cotado a US$ 9,84 por bushel, com desvalorização de 0,50 pontos e o janeiro/18 caiu 0,25 pontos e encerrou a sessão a US$ 9,95 por bushel.

De acordo com Brian A. Rydlund, CHS Hedging Market Analyst, os mercados não têm novas notícias, conforme reportado ao Agriculture.com. Diante desse cenário, os preços até esboçaram uma tímida reação ao longo do pregão, mas consolidaram o terceiro dia seguido de queda.

"A maioria dos pensamentos se concentra no clima, tanto para os EUA quanto para a América do Sul. Nos EUA, é uma boa semana de colheita, e o sentimento é que os rendimentos continuam melhores do que o esperado em muitos pontos", completa Rydlund.

A consultoria Agritel reportou à Reuters internacional que, "o retorno do tempo seco nos EUA permitirá os agricultores acelerar as colheitas". Até o início da semana, cerca de 49% da área já havia sido colhida com a soja no país. O número ainda está abaixo da média dos últimos anos, de 60%, conforme dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Além disso, a safra na América do Sul também continua no radar dos investidores. "Os mercados certamente estão prestando atenção ao clima na América do Sul que parece melhorar. Ninguém faz muitos negócios", disse Jack Scoville, analista de mercado do Price Futures Group.

Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) reportou que, chuvas mais regulares deverão ser mais regulares a partir do dia 23 de outubro, o que se confirmado, deverá contribuir para a evolução dos trabalhos nos campos.

"Institutos de meteorologia indicam aumento das possibilidades de chuvas em extensas áreas de produção do Brasil, onde o plantio continua atrasado", reportou a Granoeste Corretora de Cereais em seu comentário diário. Em Canarana (MT), o presidente do sindicato rural, Arlindo Cancian, destacou que os produtores ainda não iniciaram a semeadura da soja devido às chuvas irregulares.

Mercado brasileiro

Nesta quarta-feira, os preços da soja exibiram leves quedas no mercado doméstico. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o valor da saca da soja caiu 4,33% no Oeste da Bahia e encerrou o dia a R$ 59,00. Na região de Sorriso (MT), a queda ficou em 3,64%, com a saca a R$ 53,00.

No Paraná, nas regiões de Ubiratã, Londrina e Cascavel, o preço cedeu 0,81% e a saca finalizou o dia a R$ 61,50. Nos portos, o dia foi de estabilidade aos preços. Em Paranaguá, o valor disponível caiu 0,69%, e a saca fechou o dia a R$ 72,00. Já em Rio Grande, a queda foi de 0,56%, com a saca a R$ 71,60.

As cotações acompanharam a leve queda registrada em Chicago e também no dólar. A moeda norte-americana finalizou o dia a R$ 3,1651 na venda, com queda de 0,12%. "O mercado está um pouco mais aliviado com o cenário político interno, mas ainda atento à cena externa e expectativas sobre o futuro comandante do Federal Reserve, banco central norte-americano", reportou a Reuters.

Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira:

>> SOJA

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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