Plantio de soja em 2017/18 deve crescer pela 12ª safra consecutiva, diz Céleres

Publicado em 10/10/2017 11:54

SÃO PAULO (Reuters) - A produção de soja pelo Brasil na safra 2017/18 deverá cair 3,5 por cento em relação à de 2016/17, mas a área tende a alcançar um novo recorde, na 12º temporada consecutiva de aumento no plantio da oleaginosa, projetou a Céleres, que revisou nesta terça-feira suas estimativas para a cultura.

Conforme a consultoria, a área a ser semeada deverá totalizar 34,7 milhões de hectares, aumento de 0,6 por cento ante o último levantamento e de 2,5 por cento sobre o ciclo anterior.

O número da Céleres fica em linha com a mais recente pesquisa da Reuters com consultorias e instituições de mercado sobre a safra 2017/18 e também dentro do intervalo projetado nesta terça-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

"A semeadura segue limitada pela insuficiência de chuvas e de umidade no solo na maior parte do Centro-Oeste. Muitos produtores esperam maiores níveis de chuvas para começar ou dar andamento às atividades", destacou a consultoria.

"No Sul do país o plantio também está atrasado, porém, as chuvas presentes na última semana favoreceram o avanço dos trabalhos a campo."

Em relação à produtividade, esta deve alcançar 3,16 toneladas por hectare, queda de 6 por cento ante 2016/17, quando condições climáticas extremamente favoráveis beneficiaram as lavouras, mas em linha com a média.

Com isso, a produção considerada pela Céleres para 2017/18 é de 109,8 milhões de toneladas.

MILHO

A Céleres prevê que, em razão de preços "desanimadores", a área plantada com milho na primeira safra, colhida no verão, caia para 5,43 milhões de hectares, queda de 3 por cento em relação à estimativa passada e de 15,3 por cento ante 2016/17.

Com base nos rendimentos históricos da safra de verão, a Céleres disse ainda que a produtividade atingirá 5,18 toneladas por hectare (queda 1,7 por cento).

Assim, a produção de milho primeira safra passa a ser estimada pela Céleres em 28,1 milhões de toneladas em 2017/18, recuo de 3 por cento ante o último acompanhamento e de quase 17 por cento frente à temporada passada.

(Por José Roberto Gomes)

Fonte: Reuters

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