Soja: Chicago segue trabalhando de lado nesta 6ª e Paranaguá tem entre R$ 70 e R$ 71

Publicado em 06/10/2017 12:01

O mercado da soja na Bolsa de Chicago devolve parte das boas altas registradas na sessão anterior e trabalha do lado negativo da tabela nesta sexta-feira (6). As baixas, porém, eram bastante tímidas no início da tarde de hoje e não passavam de 2 pontos entre os principais contratos. Assim, o novembro/17 valia US$ 9,65 e o maio/18, referência para a safra do Brasil, US$ 9,94 por bushel. 

Com essa pouca movimentação e mais o dólar ainda abaixo - apesar da alta registrada hoje - os preços nos portos brasileiros também não sentiam muitas modificações. No porto de Paranaguá, as referências para a soja disponível variavam de R$ 70,00 a R$ 71,00 por saca. de acordo com analistas internacionais ouvidos pelo portal Agrimoney, a soja - entre os grãos negociados na CBOT - é a que conta agora com uma tendência mais positiva, ao menos no curto e médio prazo, com alguma preocupação que começa a surgir com a colheita nos Estados Unidos, além da força que a demanda continua mostrando. 

"Os rumores são de que, na medida em que a colheita nos Estados Unidos se encaminha para a lavouras de soja plantadas mais tarde os rendimentos registrados começam a ser menores", diz a Benson Quinn Commodities. 

Já o analista de mercado da Futures International, Terry Reily, complementa dizendo que "a combinação de temperaturas mais baixas e chuvas não favorece a maturação da soja mais tardia". 

Paralelamente, há o ajuste natural do mercado à espera dos novos números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz na próxima quinta-feira, 12 de outubro, em seu boletim mensal de oferta e demanda. 

"Os pontos a serem observados deverão ser as possíveis mundanças na produtividade da soja e do milho e nos dados de área. E também esperamos que o USDA ajuste os estoques finais", dizem os executivos da consultoria internacional Allendale. 

E complementando o quadro de atenções, os traders não tiram os olhos do clima no Brasil, que ainda não se regularizou de forma adequada para permitir um avanço considerável do plantio da safra 2017/18. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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