Como agem os fungicidas multissítios no controle da ferrugem asiática

Publicado em 29/09/2017 11:02
UPL traz dicas e fala sobre o que vale lembrar e aplicar quando o assunto é Ferrugem Asiática

A Ferrugem Asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi ), que possivelmente é a doença mais severa que incide na cultura da soja, com danos variando entre 10% a 90% na produtividade nas diversas regiões de ocorrência. Diante da intensificação no uso de fungicidas de modo de ação específicos como triazois, estrobilurinas e mais recentemente as carboxamidas, aumentaram os relatos oficiais sobre a resistência aos fungicidas. As recomendações realizadas por pesquisadores e órgãos competentes é a utilização de multissítios, uma ferramenta de controle utilizada no manejo de resistência já na primeira aplicação.

“Os fungicidas multissítio tem papel fundamental na atual situação que passa a cultura da soja, devido a suas características que vão de encontro à necessidade do manejo de resistência. Para a preservação do potencial produtivo da cultura, segundo especialistas e a Embrapa, se faz necessário o uso de fungicidas multissítio em associação com fungicidas de sítio específico. A UPL é pioneira na criação do segmento de multissítio nas grandes culturas, sempre trabalhando para levar segurança ao produtor, priorizando a sustentabilidade do sistema produtivo da soja no Brasil”, afirma Marcelo Figueria, Gerente de Marketing de produtos Fungicidas da UPL .

Mas, afinal o que são os multissítios?  “Multissítios moléculas fungicidas que agem em diversos pontos do metabolismo do fungo simultaneamente, diferente dos triazois, estrobilurinas e carboxamidas, que são ferramentas muito importantes no controle da ferrugem, mas hoje necessitam que estejam acompanhadas de um fungicida multissítio”, conta Rafael Pereira, Gerente Sênior de Pesquisa e Inovação.  E por que multissítios e não protetores de cultivo? Pois essa nomenclatura é a terminologia oficial determinada pelo FRAC – Comitê de Ação a Resistência a Fungicidas, portanto a nomenclatura protetores não é tecnicamente adequada.

A trajetória da Ferrugem

Em 2001, A Ferrugem na Soja, P. pachyrhizi, começou a demostrar seus primeiros efeitos no Brasil. E com ela, alguns produtos do tipo fungicida também começaram a ser lançados no mercado com o intuito de controlar a doença para que a safra pudesse seguir seu caminho com qualidade até a colheita e venda. Mas, ao longo dos anos, a realidade se mostrou diferente, os fungicidas de sítio específico, que por algum tempo foram resposta no controle da doença, pouco a pouco foram mostrando fragilidade e, a P. pachyrhizi iniciou um processo de adaptação ou resistência a eles. “A eficiência de fungicidas de sítio específico ficou comprometida, e o Brasil sendo o segundo maior exportador de soja do mundo, começou a pesquisar e compreender de que forma o manejo da resistência poderia ser realizado. Foi ai que surgiu o Unizeb Gold”, explica Rafael Pereira.

Esses grupos químicos possuem moléculas de ação sítio específico, que é quando a molécula está preparada para combater apenas de uma maneira aquele fungo. Ou seja, sempre que o produto é utilizado ele ataca esse único ponto. Porém havia uma solução capaz de realizar o manejo de resistência com eficiência, os multissítios. Com essa alternativa foi trazida uma nova tecnologia ao mercado visando ser uma solução para os produtores que sofreram as consequências da Ferrugem na soja como: redução de sacas por hectare, preço da saca, peso do grão, qualidade do grão entre outros problemas que levam a baixa rentabilidade.

A prática do Manejo de Resistência

E porque é tão importante implementar a consciência do Manejo de Resistência? “Não se há notícia prevista de algum novo modo de ação fungicida que permita auxiliar no controle da Ferrugem pelos próximos anos. Por isso, cuidar para que o problema de resistência não se agrave ainda mais é responsabilidade de todos que fazem parte da cadeia logística da soja. E diante disso, o Manejo de Resistência onde os métodos de controle são utilizados de maneira correta, a rotação de culturas, o respeito ao vazio sanitário, a utilização de fungicidas multissítios e aplicação correta, são imprescindíveis para que não haja um aumento significativo dos prejuízos relacionados a P. pachyrhizi ”, finaliza Marcelo Figueira.   

Oito dicas e estratégias que dão certo!

·         Utilizar sempre misturas comerciais formadas por dois ou mais fungicidas com modo de ação distintos;

·         Os fungicidas parceiros devem fornecer controle satisfatório da doença-alvo quando utilizado sozinho;

·         Aplicar o fungicida em doses e intervalos de aplicação recomendados em bula pelo fabricante;

·         Não utilizar mais que duas aplicações de produtos do mesmo modo de ação;

·         Os fungicidas devem ser utilizados previamente ou o mais cedo possível;

·         A associação entre sítio específico e multissítio deve sempre ser priorizada;

·         Eliminação de plantas que possam ser eventuais hospedeiras;

·         Respeitar o vazio fitossanitário.

SOBRE A UPL

A indiana UPL é uma empresa global que traz soluções inovadoras e sustentáveis em proteção de cultivos para o agricultor. Fundada em 1969, a companhia atua hoje em mais de 86 países com 28 fábricas que desenvolvem, fabricam, formulam e comercializam produtos da mais alta qualidade, segurança e tecnologia.

No Brasil, com 11 anos de atuação, a empresa está entre as maiores do segmento com faturamento global de mais de US$ 2 bilhões e ações na Bolsa de Mumbai. A indiana conta com fábrica e estação experimental em Ituverava-SP e foi eleita por dois anos consecutivos como a melhor empresa para se trabalhar pela Great Place to Work® em parceria com a Revista Época. Por meio de seu trabalho com produtores e pesquisadores para encontrar soluções mais eficientes para campo e através de novas formulações e produtos, equipe especializada e expansão de portfólio, conta com forte presença nos mercados de soja, milho, cana-de-açúcar, arroz, café, feijão, citros, algodão, pastagem e hortifrúti.

Fonte: UPL

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