Soja: Mercado em leve alta. Tendência de baixa sendo rompida, por Miguel Biegai

Publicado em 01/09/2017 15:21

Primeiramente, gostaria de pedir desculpas por ter “sumido” nos últimos dias. Viajei de Genebra (Suíça) para o Brasil, na madrugada de segunda para terça-feira, chegando apenas na madrugada de quarta em Boa Vista- Roraima, onde estou ministrando curso e palestra sobre o mercado de soja nessa região que é uma fronteira agrícola interessantíssima. Somente hoje que estou conseguindo colocar tudo em ordem de novo, e a partir da semana que vem, este serviço informativo estará normalizado. 

Vamos ao mercado, pois. Os contratos futuros de soja na Bolsa de Chicago operam em alta tímida na manhã desta sexta-feira. O vencimento novembro 17 está com 1,25 centavos por bushel de alta, e trabalha a US$ 946,75 centavos por bushel. O volume de negócios é discreto também, com pouco mais de 47 mil contratos em aberto até as 11:30 da manhã desta sexta-feira. 

O mercado parece estar um pouco de ressaca depois das altas do dia anterior, quando o novembro teve alta de 12 centavos. A soja foi impulsionada pelas fortes vendas semanais americanas, o que demonstra que o consumo segue bem aquecido, e continua respondendo aos preços baixos sob a forma de mais demanda ainda. Complicado é quando os preços estão baixos e o consumo não melhora. Seria uma situação análoga a um dono de supermercado fazer uma promoção de um produto, e mesmo assim as vendas não melhorarem. Não é o caso da soja. Outro impulso importante veio do milho, que teve forte alta em função de recomposição técnica, porque estava a muitos dias apenas caindo de preço.

Segunda feira é feriado nos EUA. Então, a tendência é o mercado operar um pouco “de lado” neste encerramento da semana. E vai se fechando mais um período de mercado climático norte-americano. Daqui pra frente, ainda há mercado climático por lá, mas agora a torcida deles é para que pare de chover em muitas regiões, porque logo se iniciam os trabalhos de colheita.

Portanto, excesso de chuvas, e prolongadas, podem também mexer com o mercado. E logo começa o mercado climático da América do Sul. Algumas regiões do Paraguai já deram início aos trabalhos de plantio. No Brasil, em algumas regiões só esperam dar o dia 15 de setembro para iniciar, devido ao vazio sanitário. 

Graficamente, saímos da tendência de baixa, no que se refere a linhas de suporte e resistência. Mas não ainda nas médias móveis, embora não esteja longe de também sair da tendência de baixa nas médias. Vamos acompanhando. 

Foi com grande satisfação que apliquei o Curso de Proteção de Preço de Soja aos produtores de Roraima. Um agradecimento especial aos amigos Geison, da Granterra e o Antonio Marcos, da Potencial. Próximo curso, em Posse (GO), dias 04 e 05 de setembro. Dias 12 a 15 de setembro em Palmeira das Missões, 25 a 28 de setembro em Passo Fundo. Dia 29, palestra em Getúlio Vargas. Dias 02 a 05 de outubro em Arroio Grande.

Fonte: OTCex Group Genebra

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Altas recentes em Chicago e elevação do dólar no Brasil trazem soja de volta para níveis acima dos R$140 nos portos
Preços da soja no mercado brasileiro estão, em média, R$ 2/saca melhores na semana; destaque aos prêmios
Exportação de farelo de soja do Brasil caminha para recorde em julho
Soja volta a intensificar altas em Chicago nesta 3ª feira, com sinais de alerta para o clima no Corn Belt
Anec reduz previsão de exportação de soja do Brasil em julho
Soja segue operando em alta, mas movimento nesta 3ª feira na Bolsa de Chicago é mais contido