Em Chicago, soja permanece focada na safra dos EUA e amplia perdas no pregão desta 2ª feira

Publicado em 28/08/2017 09:14

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros da soja ampliaram as desvalorizações ao longo do pregão desta segunda-feira (28). Por volta das 11h37 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam quedas entre 5,00 e 5,25 pontos. O contrato novembro/17 era cotado a US$ 9,39 por bushel e o janeiro/18 a US$ 9,48 por bushel.

As atenções do mercado ainda estão voltadas aos números do Farm Journal Midwest Crop Tour, reportados na última sexta-feira. Os primeiros relatos indicaram uma redução na produtividade das lavouras nos principais estados de produção, porém, a produção deverá ficar entre 115,5 milhões a 120,24 milhões de toneladas nesta temporada.

A média foi de 117,8 milhões de toneladas de soja. O número ficou abaixo do estimado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu último boletim de oferta e demanda de agosto, de 119 milhões de toneladas.

"O mercado parece ir se convencendo de que os EUA terão uma grande safra, podendo alcançar um novo recorde histórico", reportou a Granoeste Corretora de Cereais.

Em relação ao clima no país, o furacão Harvey permanece no radar dos participantes do mercado. "Ainda assim, o furacão está na Costa do Golfo do Texas, mas a área não é conhecida pela produção de soja ou milho, embora os pecuaristas e produtores de algodão estejam sendo impactados", reportou o site internacional Agriculture.com.

Ainda nesta segunda-feira, o USDA reporta duas informações importantes. O órgão divulga o relatório de embarques semanais, na semana anterior, o número ficou em 665,3 mil toneladas, acima das projeções dos investidores. No final do dia, o departamento traz os dados da safra americana. Na semana anterior, cerca de 60% das lavouras da oleaginosa apresentavam boas ou excelentes condições.

Petróleo - Já o petróleo recua mais de 2% nesta segunda-feira (28), com o barril cotado a US$ 46,70. "Os preços estão baixos apesar do fechamento das plataformas no Golfo devido ao furacão Harvey. O Texas responde por 30% da capacidade de refinamento dos EUA", reportou o Farm Futures. 

 

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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