Soja testa os dois lados da tabela, mas, apoiada no clima dos EUA, fecha 5ª feira em alta

Publicado em 06/07/2017 19:02

O mercado internacional da soja fechou em alta nesta quinta-feira (6). Os preços chegaram a trabalhar em campo negativo, realizando lucros, porém, encontrou espaço para voltar a subir e encerrar o dia com ganhos de pouco mais de 4 pontos entre os principais vencimentos e com o contrato novembro/17 se aproximando dos US$ 10,00 por bushel. 

As especulações sobre o clima ainda estão no centro das atenções dos traders e investidores, dando espaço para as cotações testarem patamares mais elevados. Esta já é a quarta sessão consecutiva de altas. As referências têm entre R$ 54,00 p

Com isso, os preços no Brasil também têm conseguido sustentar patamares mais interessantes para os produtores brasileiros. Em Paranaguá, permanecem os R$ 73,00 por saca no disponível e em Rio Grande, o mesmo valor foi alncançado nesta quinta, com alta de 1,11%. 

Para a safra nova, alta de 1,33% para R$ 76,00 por saca em Paranaguá e de 0,92% para R$ 77,00 no terminal de Rio Grande. 

No interior do país, os preços não obedeceram um caminho comum e subiram e desceram nas mais importantes praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas. As referências variam de R$ 54,00 a R$ 70,50 por saca. 

Bolsa de Chicago

"O quadro climático segue inalterado, com chance de aumento das temperaturas e chuvas menos densas e menos gerais nos próximos dias nos campos do Meio Oeste. A porção oeste da região segue como foco de atenção, com bolsões em estresse hídrico", afirma Motter.

Segundo explica o agrometeorologista Bryce Anderson, do portal internacional DTN, "ainda há algumas divergências entre os modelos climáticos norte-americano e europeu, mas em geral, convergem sobre a pontuação de um sistema de alta pressão sobre o Oeste e Sudoeste dos Estados Unidos. E isso identifica um padrão de tempo quente e seco para o Corn Belt", o que poderia provocar situações de estresse hídrico às plantações dessa região. 

Leia mais:

>> Clima seco castiga estados do oeste do Corn Belt nos EUA

Nesse quadro, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe uma baixa de 2 pontos percentuais no índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições em seu reporte semanal de acompanhamento de safras. O movimento ficou dentro das expectativas do mercado, que apostava em uma revisão de 1 a 2 pontos. 

O boletim indica ainda 98% das plantações de soja em fase de emergência, mesmo número do ano passado e acima de média, e 18% delas em fase de florescimento, contra 9% da semana anterior. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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