Soja: Petróleo e clima favorável derrubam o mercado; Demanda segue aquecida
O mercado futuro de soja na bolsa de Chicago está operando em leve alta nesta madrugada de quinta-feira. O contrato de entrega em novembro/17 vai sendo negociado em US$ 929,00 cents/bushel, com ganho de 1,25 centavo. O movimento no noturno está moderado, com 8 mil contratos negociados até o momento.
A quarta feira foi um verdadeiro “bloodbath”! Ou seja, um “banho de sangue”, uma expressão utilizada pelos operadores internacionais quando todos os mercados de commodities estão em baixa e as telas de monitoramento ficam todas vermelhas. A começar pelo petróleo que está nas sua mínimas em mais de um ano. O petróleo saiu de US$ 52,00/barril a três semanas atrás, e agora está em US$ 42,00/barril. Não é nada, não é nada, e temos aí uma queda de quase 20% na cotação do “rei das commodities”. Para base de comparação seria como se a soja caísse de US$ 960 para US$ 770 em três semanas. Seria o apocalipse no mercado brasileiro de soja.
O petróleo, direta ou indiretamente, em maior ou menor grau, influencia todas as outras commodities, porque ele é o principal formador de custo de tudo que é produzido no mundo, seja no custo de energia na produção, seja no custo de fretes, tudo depende do petróleo em algum momento. E se o petróleo cai em seu preço, ele influencia as outras commodities a também caírem.
Mas o petróleo não foi o único causador das baixas de ontem. Os mapas climáticos mostrando mais chuvas para os próximos dias também foi um fator de pressão sobre as cotações da soja. Várias regiões no Meio Oeste americano estão precisando de chuva, mas ao que tudo indica elas estão vindo, daqui a 5 ou 7 dias. A demanda segue forte. Os asiáticos estão aproveitando para literalmente passar o carrinho nesse período de queda, e estão absolutamente certos em fazer isso.
Graficamente, o mercado segue dentro de seu grande canal de baixa, como podemos observar na figura em anexo. No entanto, muitos operadores se questionam que ele perdure por muito tempo, porque não existe mercado eternamente em baixa, e nem eternamente em alta.