Soja: Mapas climáticos trazem chuvas e derrubam preços de soja e milho na CBOT/CME

Publicado em 21/06/2017 07:22

Os contratos futuros de soja na Bolsa de Chicago trabalham em leve alta na manhã desta quarta-feira. O contrato de novembro/17, driver do mercado, vai sendo negociado com 1 centavo por bushel de valorização, valendo neste momento (06:40 da manhã no Brasil) US$ 939,75 cents/bushel.

O dia anterior foi de perdas razoáveis na soja, com os vencimentos curtos e longos perdendo ao redor de 10 centavos. Conforme comentamos ontem, a pensamento “da maioria” dos operadores ainda é de que o mercado se encontra dentro de uma tendência primária de baixa, conforme podemos ver graficamente. Os traders do mercado que acreditam que o mercado deve entrar em uma tendência lateral, até que tentaram, nos últimos 3 dias, promover o rompimento dessa resistência (linha azul no gráfico abaixo), mas foram vencidos ontem quando os fundos promoveram generalizada venda de commodities agrícolas e de energia, assim também como os mapas climáticos também mostraram previsões de chuvas e temperaturas amenas para os próximos dias. 

Na outra ponta, no entanto, alguns traders ressaltam a forte demanda mundial, que segue bastante aquecida, com importações recordes e bastante superiores (até o momento) em relação ao ano passado. O consumo mundial foi tão incentivando nos últimos 3 anos (meados de 2014 pra cá) pelos preços relativamente baixos (em dólares) de soja e milho, que a oferta tem que ser continuadamente “boa e cheia” para que não ocorra aperto nos estoques. Até 2014/15, safra acima de 110 milhões de toneladas nos EUA, era visto como algo fora do comum. Agora o mercado espera algo próximo de 115 milhões para essa temporada. Para estes operadores, a demanda aquecida é um fator que impede que a soja possa ir abaixo de US$ 900,00 cents/bushel por exemplo. Portanto, esse canal de baixa teria um fundo do poço. Outros já acreditam que o mercado deve entrar logo em uma tendência lateral e ficar oscilando entre US$ 920,00 e US$ 970,00 nas próximas semanas, se não houverem novidades relevantes no clima ou no dólar em relação ao real.

E os próximos dias vão ser assim, com mapas climáticos mudando ao longo do dia, e mexendo com os preços na medida em que as previsões serão favoráveis ou desfavoráveis ao desenvolvimento das lavouras americanas.

Fonte: OTCex Genebra

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