Soja tem estabilidade em Chicago e nos portos do Brasil na tarde desta 5ª feira

Publicado em 01/06/2017 13:36

As pequenas altas registradas na Bolsa de Chicago no início da sessão desta quinta-feira (1) foram breves e o mercado voltou a atuar do lado negativo da tabela. As cotações, por volta de 13h (horário de Brasília), perdiam entre 0,25 e 2,25 pontos, com as baixas mais expressivas sendo registradas pelas posições mais próximas. 

O contrato julho/17, que ainda é o mais negociado, valia US$ 9,13 por bushel, enquanto o novembro/17 - referência para a nova safra dos Estados Unidos - valia US$ 9,18. 

O mercado segue caminhando de lado e espera, como explicam analistas e consultores de mercado, por novas informações que possam aquecer o andamento das cotações em Chicago. 

Os preços continuam lutando contra fundamentos que seguem baixistas como a possibilidade de um aumento de área nos EUA - com a migração do milho - uma grande safra no Brasil e Argentina, bons estoques globais e uma lentidão especulada entre os embarques de soja pela China. 

"Indicadores técnicos sugerem que o mercado está sobrevendido e isso poderia, com preços mais baixos, trazer os compradores de volta e promover uma retomada das cotações", diz Paul Georgy, da consultoria Allendale. Nesta quarta (31), os fundos teriam comprado cerca de 5 mil contratos de soja. 

As condições de clima no Meio-Oeste americano parecem indicar um cenário mais favorável para o campo nos próximos dias, com temperaturas um pouco mais elevadas e chuvas ocorrendo de forma mais limitada, o que também acaba pesando sobre os preços, com os traders retirando parte dos prêmios climáticos. 

"Os dois principais modelos meteorológicos (americano e europeu) divergem quanto às previsões para os próximos 8 a 10 dias, o que diminui o grau de assertividade e confiança dos mapas. O modelo americano mostra condições mais úmidas e o europeu prevê tempo predominantemente seco", explica o diretor da Labhoro Corretora, Ginaldo Sousa. "No geral, o clima segue favorável às safras, o que é negativo para preços", completa. 

No Brasil

Enquanto isso, no Brasil, a estabilidade pode ser observada também na relação dólar x real. Às 13h15 (Brasília), a moeda americana tinha uma leve alta de 0,25% e valia R$ 3,244, depois de já ter operado, mais cedo, com leves baixas. 

"Há forte resistência (ao dólar) ao redor de 3,20 reais. Com os preços baixos das commodities, indefinição política, o dólar perto desse patamar é barato", afirmou o diretor da consultoria de valores mobiliários Wagner Investimentos, José Faria Júnior à agência de notícias Reuters. "Temos recomendado compra nesse patamar".

Leia mais:

>> Dólar tem leve baixa e se aproxima de R$3,20

Com isso, os indicativos nos portos brasileiros também não apresentavam expressivas variações. Em Rio Grande, as referências eram ainda as mesmas do fechamento do dia anterior, com R$ 67,00 no disponível e R$ 71,00 por saca para a safra nova. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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