Soja: Preços em Chicago têm suporte no petróleo e no óleo nesta 2ª, mas foco segue no clima dos EUA

Publicado em 15/05/2017 13:45

Os preços da soja voltaram a subir no início da tarde desta segunda-feira (15) na Bolsa de Chicago. Os futuros mais negociados, por volta de 13h11 (horário de Brasília), registravam ganhos de 3,50 a 5 pontos, com o julho/17 valendo US$ 9,68 por bushel, e o novembro/17, referência para a safra americana, com US$ 9,63.

Para o analista de mercado Miguel Biegai, da OTCex Genebra, na Suíça, o suporte para os preços observado neste início de semana vem das altas do petróleo e do óleo de soja, também negociado na CBOT. Tanto em Londres, quanto em Nova Iorque, o petróleo subia mais de 2%. 

Para o executivo, caso os preços do petróleo sigam avançando, eles podem continuar puxando o mercado do óleo e, consequentemente, da soja em grão. No entanto, afirma: "o que vai influenciar mesmo os preços ainda nesta semana é o clima nos Estados Unidos. 

O mercado internacional ainda busca por informações que possam direcionar este mercado com mais clareza, porém, enquanto isso ainda sente a pressão de uma confortável oferta da safra 2016/17, ao passo em que observa com atenção o início do desenvolvimento da nova temporada 2017/18 nos EUA, tal qual as condições de clima que são registradas no Corn Belt. 

E, até este momento, ainda não há grandes novidades sobre o quadro climático norte-americano. Os mapas começam a indicar condições melhores para o avanço do plantio e os EUA poderiam diminuir o atraso que começa a ser observado em relação ao ano passado e à media dos últimos anos. 

No final da tarde de hoje, chega o boletim semanal de acompanhamento de safras que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz atualizando os números do plantio. Para os especialistas da AgResource, o índice pode vir entre 23 e 28% da área, contra 14% do último domingo (7). 

Ainda segundo Biegai, entre as análises gráficas, o canal de alta para os futuros da soja se mantém e, ainda de acordoc com o executivo, o intervalo no qual os preços trabalham melhora e passa a ser de US$ 9,50 a US$ 9,90, com patamares de suporte e resistência mais altos, portanto. Todavia, Biegai lembra que o mercado segue lateralizado. 

Preços no Brasil

No Brasil, as boas altas registradas em Chicago acabam neutralizadas pelo dólar em baixa nesta segunda-feira. A moeda americana, ao longo da sessão já chegou, inclusive, a perder os R$ 3,10. Perto de 13h40, a divisa valia 0,64% e era cotado a R$ 3,104. 

Ainda assim, em relação ao fechamento da última sexta (12), a soja disponível valia R$ 68,20 por saca, subindo 0,29%, enquanto para junho/18 a referência era de R$ 71,20, com alta de 0,28%. 

E ainda segundo Biegai, o produtor brasileiro deve estar atento às próximas oportunidades, mas acredita ainda que os negócios só devem voltar a acontecer, com volumes expressivos, com as cotações de volta aos R$ 70,00 nos portos. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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