Soja deixa a estabilidade de lado em Chicago e tem altas de dois dígitos com chuvas nos EUA e à espera do USDA

Publicado em 09/05/2017 13:51

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago deixaram a estabilidade de lado e passaram para o lado positivo da tabela de forma bastante expressiva na tarde desta terça-feira (9). Por volta de 13h30 (horário de Brasília), a commodity subia entre 10 e 11,50 pontos nos principais vencimentos, levando o julho/17 a US$ 9,76 por bushel. 

Segundo relatam analistas internacionais, o mercado "encontrou compradores", os quais motivaram as boas altas de dois dígitos na CBOT. Diante da previsão de novas e fortes chuvas para os EUA - o que ainda poderia manter lento o ritmo do plantio no Corn Belt - e da chegada dos novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quarta, os investidores parecem se reposicionar. 

"A grande novidade de hoje são as novas atualizações dos mapas climáticos, que voltam a mostrar chuvas pesadas para os Estados Unidos", informa a consultoria AgResource Brasil (ARC Brasil).

Os Estados Unidos vêm registrando uma das mais frias e úmidas primaveras desde 1993 e os efeitos dessas condições climáticas já começam a aparecer na evolução do plantio da safra 2017/18 de grãos do país. E de acordo com o último reporte semanal de acompanhamento de safras do USDA, a semeadura da soja estava concluída em 14% da área prevista para o país, contra 10% da semana anterior e projeções que variavam de 16 a 17%. A média para este período da temporada é de 17% e em 2016, o plantio estava em 21%. 

"Com um ritmo atrasado, os produtores norte-americanos se veem preocupados com o volume de chuvas para os próximos dias. As regiões afetadas com alagamentos e saturação hídrica continuam sob a área a receber chuvas nos próximos dias.O plantio deve continuar caminhando a passos curtos até a melhora das projeções climáticas", diz a ARC Brasil.

Leia mais sobre o clima nos EUA:

>> EUA: 15 dias de chuvas pesadas ainda devem manter lento o ritmo do plantio

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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