Soja dá sequência às altas em Chicago nesta 5ª feira com preocupação sobre chuva na Argentina

Publicado em 13/04/2017 08:33

Na sessão desta quinta-feira (13) - que é a última da semana, já que as bolsas americanas não funcionam neste feriado de Sexta-Feira Santa (14) - continua o movimento de alta entre os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago. Por volta de 8h10 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 9,75 e 10,25 pontos e assim o vencimento maio/17 já superava os US$ 9,50 e era cotado a US$ 9,58. 

Além da busca por consolidar uma recuperação depois das baixas intensas dos últimos dias e do maior apetite dos fundos por 'barganhas', o avanço dos preços da oleaginosa se dão também em função das condições climáticas na Argentina.

De acordo com um levantamento feito pela Bolsa de Buenos Aires, mais de 1 milhão de hectares foram afetados pelas fortes precipitações. "Na semana passada, extensas regiões de Buenos Aires receberam cerca de 200 mm de chuvas que causaram cheias em rios e campos, trazendo atraso na colheita e a perda de muitas áreas plantadas", informou o reporte da Bolsa. 

A situação traz de volta à memória dos traders as inundações da safra passada, que causaram perdas bastante severas para os produtores argentinos. A Bolsa de Buenos Aires, porém, ainda mantém sua estimativa de colheita em 56,5 milhões de toneladas de soja e de 37 milhões no caso do milho. 

As chuvas não chamam a atenção só na Argentina, mas também nos Estados Unidos. O excesso de umidade em partes do Corn Belt preocupa, uma vez que causa algum atraso no início do plantio do milho neste momento, mas nada que, por enquanto, comprometa a safra americana. 

"O mercado está começando a olhar com mais atenção para as chuvas no Meio-Oeste americano nos próximos dias. Mas ainda é um período recente para o plantio do milho", diz Tobin Gorey, do Commonwealth Bank da Australia, em entrevista ao portal Agrimoney. 

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

>> Soja fecha em alta na CBOT, após baixas consecutivas, e puxa mais de 1% nos portos do Brasil

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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