Soja: Preços em Rio Grande pegam carona na leve alta do dólar vão a R$ 73 nesta 3ª feira

Publicado em 14/03/2017 13:03

Na sessão desta terça-feira (14), os futuros da soja negociados seguem trabalhando no vermelho na Bolsa de Chicago. Por volta da 12h12 (horário de Brasília), as posições mais negociadas perdiam pouco mais de 5 pontos, com o maio/17 já sendo cotado a US$ 10,00 por bushel. Na sequência, o julho/17 valia US$ 10,10. 

Apesar desse novo recuo na CBOT, os preços da soja formados para o porto de Rio Grande conseguem encontrar algum espaço de recuperação na leve alta registrada pelo dólar. A moeda americana sobe 0,27% para ser negociada R$ 3,161, enquanto as cotações da oleaginosa vão a R$ 73,00 no disponível - com alta de 1,39% - e a R$ 73,20 no futuro, referência junho/17, subindo 0,27%. 

Dólar

A moeda americana acompanha o movimento de alta da divisa no exterior, atenta ao futuro da taxa de juros no país, com perspectivas de alta nas próximas semanas. Além disso, no Brasil, a espera pela lista de Rodrigo Janot que deverá ser entregue ao Superior Tribunal Federal também influencia. 

"O processo político doméstico causa alguma apreensão e pode amplificar alguma decisão diferente do Fed amanhã", afirmou o diretor da mesa de câmbio da corretora Multi-Money, Durval Correa à Reuters. 

Leia mais:

>> Dólar sobe ante real atento à cena política e à espera do Fed

Bolsa de Chicago

As cotações na CBOT seguem enfrentando dias de mercados estáveis diante da falta de notícias e de fundamentos já bastante conhecidos pelos traders, à exceção das últimas projeções de oferta trazidas, na semana passada, pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e pela Conab, as quais também já foram absorvidas. Na outra ponta, a demanda ainda forte pela oleaginosa americana, mas já migrando para a América do Sul. 

Além disso, segundo Paul Georgy, analista da internacional Allendale, a chegada de novas estimativas de área para a nova safra dos EUA que chegam hoje pela consultoria também deixam o mercado mais na defensiva, já que poderiam trazer 'pistas' do que o USDA traz no final deste mês, em seu reporte de intenção de plantio do dia 31. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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