Soja despenca na CBOT após boletim do USDA e março/17 perde o patamar de US$ 10/bu nesta 5ª feira
Após o reporte do boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) intensificaram as perdas no pregão desta quinta-feira (9). As principais posições da oleaginosa recuavam mais de dois dígitos, perto das 14h45 (horário de Brasília). O março/17 perdeu o patamar de US$ 10,00 por bushel e era cotado a US$ 9,95 por bushel.
Uma das principais alterações foi em relação à safra de soja do Brasil, uma vez que o órgão revisou para cima a produção, que deverá totalizar 108 milhões de toneladas na temporada 2016/17.
No boletim anterior, o departamento indicou a safra brasileira em 104 milhões de toneladas. A expectativa média dos investidores era de uma safra de 106,1 milhões de toneladas. Ainda hoje, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estimou a safra do país em 107,6 milhões de toneladas, um aumento de 12,8% em relação à temporada passada.
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Ainda hoje, o USDA trouxe seu novo boletim de vendas para exportação. Na semana encerrada no dia 2 de março, as vendas de soja somaram 515,1 mil toneladas. Do total, 485,5 mil toneladas são referentes à temporada 2016/17 e o restante, de 29,6 mil toneladas, da safra 2017/18. As estimativas giravam em torno de 350 mil a 650 mil toneladas do grão.
No acumulado da temporada, as vendas de soja norte-americanas somam 52,988 milhões de toneladas. No mesmo período do ano anterior, o número era de 42.668,4 milhões de toneladas.
Enquanto isso, no Porto de Rio Grande, a soja disponível era cotada a R$ 73,20 a saca, com valorização de 0,27%. Na contramão desse cenário, o preço futuro caía 0,53%, com a saca a R$ 74,60. Além de Chicago, o comportamento cambial também é observado pelos participantes do mercado.
A moeda norte-americana era cotada a R$ 3,177 na venda, com alta de 0,18%, perto das 12h21. Segundo dados da Reuters, o cenário externo continua em pauta em meio à perspectiva de que o Federal Reserve, banco central americano, possa elevar a taxa de juros dos EUA na próxima semana.