Soja segue trabalhando em alta na CBOT e puxa preços no porto de Rio Grande nesta 2ª

Publicado em 06/03/2017 08:04

Segunda-feira (6) positiva para os preços da soja praticados na Bolsa de Chicago. Os futuros da commodity, por volta das 13h20 (horário de Brasília), subiam entre 4,50 e 5 pontos nas posições mais negociadas e, segundo analistas internacionais, o mercado já se prepara para uma agenda agitada nesta semana. O contrato maio/17, referência para a safra do Brasil e o mais negociado neste momento, valia US$ 10,42 por bushel. O março/17 - valendo US$ 10,32 - já deixa a tela nos próximos dias. 

Enquanto isso e, apesar de uma leve baixa do dólar frente ao real neste início de semana, os preços da oleaginosa subiam na tarde de hoje, com ganhos de mais de 1% no porto de Rio Grande. O produto disponível valia R$ 73,30 por saca, subindo 1,1%, enquanto no mercado futuro o ganho era de 1,08% para R$ 75,10. O dólar, por volta das 13h35 (Brasília), perdia 0,12% para ser negociado a R$ 3,11. 

Bolsa de Chicago

Se de um lado os fundamentos de uma grande safra sendo concluída na América do Sul ainda pesam sobre os preços formados na CBOT, os problemas com a logística no Brasil - apesar de pontuais - acabam por trazer algum suporte às cotações, uma vez que o escoamento da soja nacional está comprometido e um pouco mais lento.

"As estradas lamacentas e o atraso no transporte no Brasil continua sendo um fator de sustentação", diz, em relatóioro, o analista do Commonwealth Bank da Austrália, Tobin Gorey, dizendo ainda ser este um problema de impacto de curta duração. No entanto, lembra ainda das chuvas que o Brasil deve continuar recebendo nos próximos dias e que poderiam, eventualmente, deixar a colheita também um pouco mais lenta. 

Na outra ponta do mercado, a espera pelo novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). A divulgação acontece nesta quinta-feira (9) e causa, como sempre, muita especulação, podendo trazer ainda certa volatilidade ao caminhar dos preços. E, no próximo dia 31, o departamento chega ainda com seu primeiro reporte oficial de intenção de plantio. Este, ainda segundo analistas e consultores, pode marcar o início de um novo cenário para o mercado futuro norte-americano. 

Atenção ainda ao quadro climático nos EUA e em que condições são esperadas para que se plantem a safra 2017/18. 

No financeiro, foco do dólar e na taxa de juros nos Estados Unidos. As expectativas de que o Federal Reserve aumente a taxa no país são cada vez mais fortes e poderiam, ainda de acordo com os economistas, puxar a moeda americana para cima, inclusive frente ao real. Nesta segunda, o dólar index subia 0,19% para alcançar os 101,55 pontos. 

Para o analista de mercado Fernando Muraro, da AgRural, essa deve ser uma semana positiva para as cotações, que poderiam ficar, a partir desta terça (7) ou quarta-feira (8), entre US$ 10,55 e US$ 10,60 por bushel. 

Veja como fechou o mercado na última semana:

>> Soja: Preços no Brasil têm semana de até 2% de alta e estimula novos, mas pontuais, negócios

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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