Na Folha: 'Vontade política' pode ajudar nas exportações de farelo de soja
O setor de soja está bem estruturado internamente. A produção cresce, e o país abocanha boa parte do mercado externo desse produto.
Um dos desafios, portanto, é ter um olhar mais acurado para o setor externo. Para que isso ocorra, é necessário um envolvimento maior das autoridades brasileiras no relacionamento com alguns países importadores da oleaginosa, principalmente os asiáticos.
"É preciso mais vontade política", diz Carlo Lovatelli, presidente-executivo da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais).
Essa vontade política pode ser uma abertura de canais de diálogo entre governos, aprimorando o relacionamento comercial.
No caso da China, seria colocar não só soja em grão naquele país mas também exportar farelo de soja. Atualmente os chineses só compram o produto em grãos.
Mas, para adquirir farelo de soja, os chineses provavelmente vão colocar uma contrapartida, exigindo, por parte do Brasil, a compra de produtos deles. Aí entram as negociações entre governos.
Lovatelli diz que, além da China, a Coreia do Sul, o Vietnã e a Tailândia seriam bons mercados para o farelo brasileiro.
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