Soja: Mercado opera estável após máximas, mas mantém atenção na demanda e América do Sul

Publicado em 22/11/2016 07:07

O mercado internacional da soja começou o dia atuando em campo positivo e renovando suas máximas em um mês nesta terça-feira (22), porém, por volta das 11h (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa vinham testando o outro lado da tabela e devolvendo parte dessas últimas altas. As baixas, porém, eram bastante tímidas e não chegavam a 1 ponto entre as posições mais negociadas, com o janeiro ainda se sustentando nos US$ 10,20 e o maio/17, referência para a safra brasileira, nos US$ 10,35 por bushel. 

"Esse movimento do mercado se dá com o entusiasmo de algumas novas compras por parte dos fundos no começo do dia que foi diminuindo", explica Bryce Knorr, analista sênior do portal internacional Farm Futures. O foco, porém, ainda segundo ele, se mantém sobre o clima na América do Sul e mais a demanda chinesa e, quanto mais se souber sobre esses dois fatores, mais o mercado caminha. 

A semana começou com novos números fortes dos embarques norte-americanos e notícias positivas ainda sobre o mercado asiático de oleaginosas, incluindo não só o grão, mas também farelo e óleo. E nestav terça, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ainda reportou a venda de 30 mil toneladas de óleo de soja para a China. 

Ainda entre os fundamentos, há a conclusão da colheita nos Estados Unidos e o mercado agora atento ao desenvolvimento da produção sulamericana. "A colheita nos EUA já terminou e os agricultores norte-americanos agora estarão ansiosos para vender nos rallies antes que os importadores comecem a migrar sua demanda para a América do Sul" explica, em nota divulgada nesta terça, o diretor de estratégia agrícola do Commonwealth Bank da Austrália, Tobin Gorey. 

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

>> Soja: Com demanda e fundos, Chicago fecha com mais de 2% de alta e preços no BR acompanham

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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