Soja: Bolsa de Chicago realiza lucros na tarde desta 6ª feira em sessão de forte volatilidade

Publicado em 11/11/2016 12:05

Nesta sexta-feira (11), o mercado internacional da soja passou a recuar no início da tarde. Por volta de 12h40 (horário de Brasília), as baixas das principais posições já passavam de 10 pontos, fazendo os contratos perderem, mais uma vez nesta semana, o patamar dos US$ 10,00 por bushel na Bolsa de Chicago. 

O mercado parece realizar lucros após os bons ganhos das últimas sessões, em que os preços testaram importantes patamares de resistência e, ainda sem força para rompê-los, leva os traders a buscarem garantir alguns ganhos com essa movimentação. Como explicam analistas e consultores, esse é um movimento técnico das cotações diante de um cenário tanto macroeconômico, quanto fundamental, já conhecido. 

A forte alta do dólar também pressiona as commodities nesta sexta-feira. No Brasil, a moeda americana subia, por volta das 13h, mais de 3%, encostando nos R$ 3,50 e buscando consolidar algumas referências importantes. Frente a isso, era possível observar ainda uma baixa entre as demais commodities em Chicago, além das softs na Bolsa de Nova York, ao lado do petróleo, que cedia mais de 2,2% na tarde de hoje. 

O movimento de aversão ao risco acentuava a volatilidade dos negócios. Ainda no financeiro brasileiro, por exemplo, o Ibovespa registrava uma nova sessão de baixas nesta sexta-feira, mas respeitando o limite dos 60 mil pontos. Enquanto isso, mais cedo, os mercado chineses renovavam suas máximas em dez meses e os futuros da soja subiam mais de 13 pontos. 

Suporte

Na outra ponta do mercado, as cotações ainda encontram suporte na demanda forte pela soja norte-americana e também pelo bom momento dos preços dos óleos, não só de soja, mas também de palma. Nesta sexta, os futuros do óleo de palma subiram mais de 3% e alcançou suas máximas em quatro anos, puxando todo o complexo soja. O óleo, em Chicago, subia mais de 1% na manhã de hoje. 

E esses ganhos no derivado da palma ainda são motivados pelas preocupações do mercado com a produção na Malásia, com dados apontando uma queda de 17,6% na produção em outubro se comparada ao mesmo período do ano passado. 

Paralelamente, crescem as preocupações com a safra da América do Sul também vem ganhando espaço entre os negócios em Chicago e atuam como mais um fator de sustentação para os preços. 

Na Argentina, os problemas estão ligados ao excesso de chuvas, inundações e falta de condições para os trabalhos de campo. E ainda nesta sexta, importantes regiões produtoras foram atingidas por granizo e registram severos danos. No Brasil, as irregularidades climáticas também preocupam e trazem inconsistência às estimativas das consultorias. Até mesmo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) acredita em uma produção de 101,6 a 103,5 milhões de toneladas. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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