Soja: Feriado na América do Sul e especulações sobre novos números da safra americana pressionam cotações em Chicago
As cotações da soja na bolsa de Chicago (CBOT) seguem a tendência negativa do pregão anterior e encerram com quedas entre 5 e 7 pontos nesta quarta-feira(02). O vencimento NOV/2016 fechou com queda de 7,5 pts cotado a US$ 9,76/bushel , JAN/2017 encerrou com baixa de 6,75 pts a US$ 9,86/bushel e MAIO/2017 encerrou cotado a US$ 10,00/bushel com queda de 6,25 pts.
Foi um dia de oscilação entre o positivo e o negativo com mercado reagindo às informações que iam sendo divulgadas ao longo do dia.
Dados sobre novas demandas pela soja americana com China confirmando compra de quase 400 mil toneladas do grão nos últimos 3 dias e previsões de clima úmido para parte das planícies do sul americano na próxima semana deram sustentação aos preços em parte do pregão.
Mas prevaleceram mesmo as informações sobre novos números recordes para a produção da oleaginosa nos EUA. De acordo com Stefan Tomkiw, da Societé Genérale de Nova Iorque, "os investidores estão vendo que a oferta americana é realmente grande e podemos ver mais revisoes para cima na oferta no próximo relatório do USDA, na semana que vem".
Além disso os feriados no Brasil, México e outros paises da América do Sul ajudaram a deixar o mercado sem liquidez o que facilitou o movimento de queda, completa Tomkiw.
Pesaram também sobre os preços da soja, a queda do petróleo impulsionada pela divulgação de um surpreendente aumento nos estoques semanais nos EUA e a indecisão sobre as eleições americanas, que deixa os investidores avessos ao risco.
Após o fechamento do pregão em Chicago, o Federal Reserve, banco central norte-americano, manteve a taxa de juros em sua última decisão de política monetária antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, mas sinalizou fortemente que pode elevar a taxa em dezembro, com a economia ganhando fôlego e a inflação acelerando.
As taxas de juros nos EUA foram mantidas na faixa entre 0,25 a 0,50 por cento desde dezembro passado, quando aumentou os custos de empréstimos pela primeira vez em quase uma década.