Rabobank sinaliza "oportunidades de compra" para a soja

Publicado em 21/10/2016 11:22

O Rabobank aponta "oportunidades de compra" para os futuros da soja. O banco também trouxe aos investidores informações sobre os cenários do cacau, café e açúcar, que possuem fatores-chave que ainda podem determinar estes mercados.

O banco, melhorando gradativamente a sua previsão para os preços futuros da soja em Chicago, disse que as baixas ocasionadas pela colheita nos números "provavelmente foram transformadas" em valores, o que já é um movimento tradicional nesta época do ano.

Os resultados da colheita apontam para uma produção recorde, mas, por outro lado, a procura também tem sido firme, com as exportações se revelando bastante fortes, com um volume de 7,7 milhões de toneladas a partir de meados de outubro, o que significa um aumento de 1 milhão de toneladas ao ano.

Enquanto isso, na América do Sul, as condições de plantio são mistas, com uma seca no estado-chave do Mato Grosso e no vizinho Mato Grosso do Sul. Na Argentina, prevê-se que a área de soja seja afetada por conta das taxas cobradas pelo governo sobre as exportações de soja, mas este cenário não se confirma, uma vez que os principais produtores de soja do país, localizados nas zonas norte, nordeste e noroeste, tiveram 5% das taxas reduzidas.

Oportunidades de compra

O aperto no mercado de soja, bem como a importância do andamento dos cultivos sul-americanos, são importantes fatores para ficar de olho e que devem influenciar diretamente os preços na Bolsa de Chicago, segundo o Rabobank.

"Mantemos nossa visão de que os preços da soja continuarão a ser negociados por volta de US$9,50 a US$10 no curto prazo, mas que haverá um movimento maior em 2017", disse o banco, determinando que qualquer quebra nos preços abaixo desse intervalo é uma "oportunidade de compra" para os investidores.

Cacau

Para o cacau, o banco também manteve previsões de preços bastante otimistas, apesar de diminuir suas previsões para os futuros na Bolsa de Nova York, uma vez que as condições não foram tão favoráveis para o consumo e a demanda do grão.

Segundo o banco, as temperaturas quentes tendem a dminiuir o consumo do cacau. No entanto, a chegada de temperaturas mais frias nos países importadores pode ajudar a melhorar este cenário.

Os dados da semana mostram uma quantidade de moagem bastante alta para o cacau asiático no trimestre de julho a setembro, com volumes de até 12,5% ano a ano, o que, de acordo com o Rabobank, já pode significar uma melhora na demanda.

Café

Para o café, a situação ainda é incerta, pois depende da situação das colheitas na América Central e na Colômbia, que devem influenciar o mercado antes do final do ano. De acordo com o Rabobank, "os primeiros sinais de aumento das culturas nestes países poderia fazer o mercado cair".

O banco previu os preços a um pouco menos de 140 centavos de dólar por libra no período de um ano, em comparação com os 167.10 centavos de dólar por libra que os futuros de Dezembro de 2017 estavam cotados na última sexta-feira (14).

No Vietnã, o maior produtor de café robusta, as chuvas têm sido abundantes, o que reforça a ideia de uma grande safra no próximo ano.

Açúcar

No mercado de açúcar, o banco sinaliza uma perspectiva de enfraquecimento de prêmio do açúcar branco sobre o açúcar bruto, uma vez que a União Europeia permite exportações livres do adoçante para fora do bloco.

Como maior exportadora de açúcar branco, a União Europeia deve exportar mais de 2 milhões de toneladas em 2017/18, de acordo com o Rabobank.

 

 

 

 

Por: Izadora Pimenta, com informações do Agrimoney
Fonte: Notícias Agrícolas

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