Soja produzida em MT está entre as melhores do país, aponta pesquisa
Um estudo que vem sendo feito há uma década por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) apontam que a soja produzida no estado está entre as melhores do país. Isso ocorre, segundo os pesquisadores, porque o grão mato-grossense apresenta altos índices de proteína e óleo, percentuais superiores aos grãos de outros estados e, até mesmo, de outros países.
Durante as últimas safras, o laboratório da UFMT recebeu amostras de outros estados e, segundo a pesquisadora Maria Aparecida Caneppele, doutora em Ciências Biológicas, a soja produzida aqui apresenta, em média, 37% de proteína e 20% de óleo, quando o padrão estabelecido para a indústria é de 8%.
"A nossa soja tem o percentual um ponto acima dos estados ao Sul do país e, ao Norte, é 1% inferior. Isso está relacionado a condições climáticas, temperaturas mais apropriadas ao desenvolvimento da cultura", explicou.
Em comparação com a soja produzida nas lavouras norte-americadas, as vantagens são ainda maiores, segundos os pesquisadores. Em média, os grãos cultivados em Mato Grosso têm 3% a mais de proteína e 2% a mais de óleo. Segundo o estudo, a escolha das variedades influencia na composição nutricional do grão.
A pesquisa também revela que os grãos ardidos, que são assim chamados por estarem úmidos, já em processo de fermentação, mesmo avariados continuam com alto teor de proteínas e ainda podem ser usados pela indústria. Pelo aspecto aparentemente ruim, o material recebe descontos na hora da classificação nos armazéns, no entanto, quando vai para a máquina de testes, a análise de proteínas e óleos é satisfatória.
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