Soja: Com atuação dos fundos, Chicago sobe e tem altas de dois dígitos nesta 6ª feira
A sexta-feira (16) começou estável para o mercado da soja na Bolsa de Chicago, mas se aqueceu e, no início da tarde, os principais vencimentos subiam mais de 12 pontos, levando o novembro/16 a US$ 9,63 por bushel. Na máxima do dia a posição já chegou aos US$ 9,66.
Como explica Andrea Sousa Cordeiro, da Labhoro Corretora, o mercado sentiu a influência da entrada de fundos de investimento comprando algumas posições, em busca de barganhas para recompor parte de suas posições e dando esse estímulo ao andamento das cotações. "Os fundos estão bem comprados e defendo sua posição. E eles agora vão se agarrar a todo e qualquer fator altista", diz.
Para Andrea, dois principais fatores alimentam essas especulações dos fundos neste momento, sendo um deles o início da safra brasileira e a ideia que circula no mercado internacional de que o início da temporada passa por algumas dificuldades, além da possibilidade do excesso de chuvas que poderia ocorrer nos EUA durante o período de colheita.
Porém, alerta ainda que, por outro lado, na próxima segunda-feira (19) chegam as primeiras informações oficiais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre a colheita da soja no país e, com isso, "uma pressão maior sobre o mercado pode começar a se materializar", explica a analista.
E sobre isso, Andrea pondera informando que, nos mapas climáticos desta sexta-feira, as chuvas apresentadas para o Meio-Oeste norte-americano já se mostram menos intensa e mais fortes em regiões pontuais do Corn Belt. Informações do NOAA, o departamento oficial de clima dos EUA, mostram que há tempestades se movimentando pela região e isso deverá se estender pelos próximos sete dias. Além disso, se esperam ainda chuvas acima da média para o intervalo dos próximos seis a dez dias, e temperaturas mais baixas na medida em que se aproxima a chegada do outono no hemisfério norte.
"E as vendas (de posições) podem ser limitadas neste momento por essa condição", acredita Bryce Knorr, analista de mercado do portal internacional Farm Futures.