Soja volta ao campo negativo em Chicago e sente pressão das boas condições de clima nos EUA

Publicado em 21/06/2016 11:29

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago voltaram a recuar de forma expressiva nesta segunda-feira (21). O mercado chegou a testar alguma reação mais cedo, porém, logo voltou ao campo negativo. Por volta das 11h (horário de Brasília), as posições mais negociadas perdiam de 7,75 a 13,50 pontos, com o julho cotado a US$ 11,35 e o novembro, referência para a safra americana e o vencimento mais negociado deste momento, com US$ 11,19 por bushel. 

O clima nos Estados Unidos, que se mostra favorável neste momento, segue como um dos principais fatores de direcionamento para os preços, especialmente para a atuação dos especuladores, o que leva os movimentos a serem tão intensos, como vem ocorrendo nas últimas semanas. 

De acordo com informações do Serviço Nacional de Clima do país, uma onda de chuvas se espalha pelo Meio-Oeste e pode ajudar a melhorar a umidade do solos em áreas onde as chuvas não chegavam há, pelo menos, um mês. O leste do Nebraska, o oeste de Iowa e o norte do Missouri devem ser a áreas mais beneficiadas. Ainda assim, nem todo o Corn Belt contará com condições de clima favoráveis para o desenvolvimento das lavouras. 

Entretanto, ontem, o boletim semanal de acompanhamento de safras trazido pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicou uma leve redução de apenas um ponto percentual no índice de lavouras de soja em boas/excelentes condições no país para 73%, o que poderia trazer algum leve suporte para as cotações. Porém, o número parece ter sido insuficiente para promover alguma preocupação mais forte, mostrando que o calor intenso registrado na última semana - com temperaturas acima dos 34ºC - não exerceram um impacto tão severo sobre as plantas. 

O plantio, até o último domingo (19), foi concluído em 96% da área. 

Ainda assim, a pressão exercida pela realização de lucros que é resultado dessas especulações sobre o cenário de clima, por ora bom no Corn Belt, ainda pode atuar, segundo explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. Para ele, o novo piso para os preços em Chicago estaria estabelecido nos US$ 11,30 por bushel. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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