Soja: Dólar volta a cair e pressiona, mais uma vez, preço nos portos do Brasil nesta 3ª feira
Na sessão desta terça-feira (8), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago voltam a operar com esatabilidade, porém, vêm testando algumas pequenas baixas neste início de tarde. As cotações perdiam, por volta de 12h15 (horário de Brasília), pouco mais de 4 pontos entre os vencimentos mais negociados. Assim, o contrato maio/16, que é referência para a safra americana, vinha cotado a US$ 8,77 por bushel.
Ainda nesta terça, porém, o dólar também voltou a recuar frente ao real e, consequentemente, pesa sobre os preços da soja praticados no Brasil. Nas primeiras referências do dia, a oleaginosa disponível tinha R$ 76,00 por saca, com queda de 0,65%, e a com entrega futura, em maio, perdia 1,03% para ser negociada a R$ 76,50.
Os negócios, no entanto, seguem travados. Não só a menor competitividade trazida por uma baixa do dólar nos últimos dias tira os vendedores do mercado, mas as incertezas que ele enfrente no quadro político e econômico do país também favorecem esse comportamento, segundo explicam analistas de mercado. Ainda assim, é possível observar uma demanda consistente pela soja brasileira, a qual pode ser confirmada via prêmios - que passam, no terminal de Paranaguá, de 30 cents de dólar sobre os valores praticados em Chicago - e pelos bons números das exportações nacionais nesta primeira semana de março.
Nos primeiros quatro dias úteis do mês, o país embarcou 1.121,1 milhão de toneladas da oleaginosa. A média diária foi de 280,287 mil toneladas e o preço médio foi de US$ 348,50/t. Além disso, a demanda interna também te se mostrado aquecida e atual, portanto, como outro fator de suporte para as cotações no mercado nacional.
Bolsa de Chicago
Em Chicago, parte da estabilidade exibida pelas cotações neste pregão vêm da realização de lucros por parte dos fundos após as altas registradas ontem e, também, pela espera dos próximos números que o USDA (Departamento de Agriculturas dos Estados Unidos) traz nesta quarta-feira (9).
Amanhã será reportado o novo boletim mensal de oferta e demanda e há expectativas de analistas que variam de um aumento dos estoques finais norte-americanos, mas também de uma revisão positiva nos números da demanda. E nessa toada, os investidores seguem acompanhando as especulações, porém, buscando um bom posicionamento antes da confirmação das informações.
Por outro lado, uma novidade chegou ao mercado trazendo alguma suporte aos preços da commodity na CBOT. O USDA anunciou duas novas vendas de soja. Uma delas foi de 140 mil toneladas da safra 2015/16 para destinos desconhecidos e, a outra, de 110 mil toneladas do ano comercial 2016/17 para a China.