Em Chicago, soja trabalha no vermelho, mas tem pouca oscilação; preços recuam nos portos

Publicado em 26/02/2016 13:10

Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja continuam caminhando de lado, porém, passam para o lado negativo no início da tarde desta sexta-feira (26). As cotações, por volta de 12h40 (horário de Brasília), perdiam entre 0,50 e 1,25 ponto entre os contratos mais negociados. Assim, o vencimento março/16 - o primeiro - já operava abaixo dos US$ 8,60, cotado a US$ 8,57 por bushel. 

O mercado internacional continua sem forças para trabalhar com variações mais expressivas, e nem mesmo as estimativas que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trazem no segundo dia do Agricultural Outlook Forum são suficientes para mudar esse cenário. E isso, como explicam analistas, se dá pela firme relação das commodities agrícolas com o incerto e turbulento mercado financeiro global. 

Não só os futuros da soja, mas também dos demais grãos negociados na Bolsa de Chicago ou as soft commodities em Nova York registram uma nova sessão de pequenas baixas, com exceção do petróleo, que subia pouco mais de 2%, por volta das 13h (Brasília), e voltava a superar os US$ 33,00 por barril. 

Na contramão, o dólar voltava a subir - após iniciar o dia em alta - frente ao real e demais moedas internacionais. Ainda segundo analistas, esse ajuste de posições por parte dos investidores é típico de finais de mês e, portanto, não reflete uma tendência para a moeda norte-americana, a qual também vem apresentando significativa volatilidade. 

"O mercado fica pouco previsível quando chega o fim do mês, a gente sabe que tem fatores como a Ptax que levam o real a se descolar dos fundamentos", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado à agência de notícias Reuters.

A divisa subia perto de 0,63% para R$ 3,975 na venda, na sessão desta sexta-feira. Porém, a reação não chegava à formação de preços no Brasil e, em Rio Grande, as cotações apresentavam mais um dia de pequenas baixas, já operando abaixo dos R$ 80,00. 

O produto disponível, no porto gaúcho, era cotado a R$ 78,00 por saca, recuando 1,27%, enquanto o futuro, entrega prevista para junho tinha R$ 79,00 e baixa de 0,63% na tarde desta hoje. As vendas seguem pontuais e praticamente escassas. Os negócios pouco evoluem, já que os produtores brasileiros seguem atentos a essa pouca movimentação do mercado internacional, à volatilidade do câmbio e dedicados ainda à conclusão dos seus trabalhos de colheita.  

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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