Soja: Com dólar voltando a subir, produto da safra nova sobe mais de 1% em Rio Grande nesta 3ª feira

Publicado em 02/02/2016 12:04

"Os grãos e a soja trabalham com poucas mudanças nesta terça-feira (2) já que os investidores não sabem que caminho tomar", diz o analista internacional Tony Dreibus, do portal norte-americano Agriculture.com, sobre a movimentação das cotações em Chicago na sessão de hoje. Desde o início do dia, os futuros da oleaginosa vêm operando com estabilidade, caminhando de lado e testando os dois lados da tabela. 

Assim, por volta de 12h30 (horário de Brasília), as posições mais negociadas perdiam 1 ponto e ainda acima dos US$ 8,80 por bushel. A exceção ficava por conta do março/16, o primeiro contrato, que era cotado a US$ 8,79. 

"O mercado, segundo explicam analistas, encontrou seu ponto de equilíbrio com os investidores optando por não comprar posições diante dos estoques elevados e das preocupações com a demanda (pela soja dos EUA), mas também não querem vender atentos à alguma notícia inesperada vinda ou do cenário geopolítico ou do climático ", diz Dreibus. 

Mercado Brasileiro

Assim, com o mercado internacional caminhando de lado e sem trazer oscilações muito fortes entre as cotações, os preços no Brasil refletem, de forma ainda mais intensa, o impacto do dólar que, nesta terça-feira, opera em alta frente ao real. 

Com a moeda norte-americana subindo perto de 0,70% por volta das 13h (Brasília), a soja da nova safra - entrega prevista para março/16 - registrava um ganho de 1,23% no porto de Rio Grande e vinha cotada a R$ 82,50 por saca. Para o produto da safra velha, que tem baixa oferta, não há referência de preços neste início da tarde. 

O ritmo da comercialização da soja no Brasil está bastante fraco diante de um atraso na safra em função de problemas climáticos, do elevado percentual já comprometido da temporada 2015/16 e mais as incertezas trazidas por essa pouca movimentação em Chicago. Entretanto, a demanda pela oleaginosa brasileira ainda é forte e carrega um potencial significativo por conta das vantagens da taxa cambial. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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