Soja: Preços em Rio Grande têm alta de quase 4% com suporte do dólar e estabilidade na CBOT

Na sessão desta terça-feira (8), os futuros da soja continuam a atuar com expressiva volatilidade na Bolsa de Chicago. À espera dos novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que chegam amanhã, 9 de dezembro, os traders vêm testando os dois lados da tabela e, com oscilações tímidas, o vencimento janeiro/16 já voltou aos US$ 8,80 por bushel, por volta de 12h30 (horário de Brasília). No mesmo momento, o maio/16, referência para a safra brasileira, era cotado a US$ 8,89. 

Entretanto, no Brasil, os preços vinham encontrando suporte em uma importante e significativa retomada do dólar frente ao real. Na sessão desta terça, a moeda norte-americana subia mais de 1% e já superava, novamente, os R$ 3,80. Segundo explicam analistas, a elevada aversão ao risco entre os investidores nos mercados nacional - onde a situação é agravada pela crise política - e internacional provocam uma corrida para a divisa. 

"A queda (do dólar) na abertura aconteceu por fatores políticos, mas o cenário externo piorou tanto ao longo da manhã que não deu mais para ignorar", disse o operador de uma corretora internacional, sob condição de anonimato, ressaltando que o quadro de incertezas limitava a liquidez e deixava o mercado mais sensível, à agência de notícias Reuters.

Dessa forma, os preços da soja praticados no porto de Rio Grande exibiam uma valorização de quase 4% tanto para o produto disponível quanto para o da safra nova. Ainda assim, os negócios não retomavam o ritmo, com os produtores focados em seus trabalhos de campo, além das preocupações com as irregularidades climáticas, principalmente na região central do país.

A soja disponível vinha cotada a R$ 81,00 por saca, com alta de 3,85%, enquanto, ao mesmo tempo, o produto da temporada 2015/16 subia para R$ 80,00, subindo 3,90%.