Soja: Nesta 3ª feira, mercado reflete números do USDA e recua mais de 15 pts em Chicago

Publicado em 10/11/2015 11:40

Ao longo da negociação desta terça-feira (10), as cotações futuras da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas. Por volta das 16h00 (horário de Brasília), as principais posições da oleaginosa exibiam quedas de mais de 15 pontos. O vencimento novembro/15 era cotado a US$ 8,59 por bushel, com queda de 14 pontos.

O movimento negativo é decorrente dos números do boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O órgão estimou a safra americana em 108,35 milhões de toneladas, contra as 105,81 milhões de toneladas estimadas em outubro. A produtividade média também subiu de 53,52 sacas por hectare para 54,77 sacas por hectare.

Os estoques finais americanos foram projetados em 12,65 milhões de toneladas, frente as 11,56 milhões de toneladas estimadas no mês anterior.

Por outro lado, a colheita da safra americana já caminha para o final, com 95% da área semeada colhida até o último domingo (8), conforme dados oficiais. O número divulgado pelo departamento ficou em linha com as apostas do mercado, segundo informou o site internacional Farm Futures. Na semana anterior, pouco mais de 92% da área cultivada com o grão havia sido colhida. Já no mesmo período do ano anterior, o índice era de 89% e a média dos últimos cinco anos é de 93%.

Outra variável observada pelo mercado é o plantio da soja no Brasil. De acordo com informações da consultoria Safras & Mercado, o cultivo do grão chegou a 42,3% da área esperada para essa temporada até o dia 6 de novembro. Ainda hoje, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) reportou que, a safra de soja do país poderá alcançar até 102,8 milhões de toneladas nesta safra.

Mercado interno

Enquanto isso, no mercado interno a terça-feira (10) é de ligeira movimentação aos preços. Em Rio Grande, a soja disponível é cotada a R$ 82,50 estável, já o preço futuro registra leve alta, de 0,26%, negociada a R$ 78,30/sc.

Já o dólar era cotado próximo da estabilidade hoje e, por volta das 11h55 (horário de Brasília) exibia ligeira alta de 0,09%, cotado a R$ 3,8030 na venda. Na máxima da sessão, o câmbio tocou o patamar de R$ 3,8250. Ainda conforme dados da agência Reuters, a moeda norte-americana desacelerou a alta em uma sessão marcada pelo baixo volume de negócios e pela atuação do Banco Central.  

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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