INTL FCStone reduz expectativa de soja, mas produção mantém-se acima das 100 milhões de toneladas na safra 2015/16

Publicado em 05/11/2015 13:42
O clima desfavorável verificado em algumas regiões produtoras pesou na avaliação de novembro da consultoria

Nos estados do Mato Grosso, Goiás, Bahia, Piauí e São Paulo o nível de chuvas tem ficado abaixo do normal, prejudicando o ritmo de plantio da soja. Segundo a revisão de estimativa de safra 2015/16 da consultoria INTL FCStone, o déficit hídrico verificado nesses estados pode reduzir a produtividade da oleaginosa.

“No Nordeste, a situação pode ficar mais crítica, influenciando negativamente o potencial produtivo da soja nos próximos meses”, observa a analista de soja da INTL FCStone, Natália Orlovicin. Segundo os cálculos da consultoria, no Piauí essa retração chegaria a 0,38 tonelada de grão por hectare, totalizando uma produtividade de 2,52 ton/ ha de soja no estado.

Apesar disso, a produção brasileira deve permanecer acima das 100 milhões de toneladas. A região Sul e o Mato Grosso do Sul contribuem para o incremento de oleaginosa no ciclo que se inicia, com umidade adequada e boas condições. “Tanto no Paraná, que já está com boa parte da soja plantada, quanto no Rio Grande do Sul, que está no início do plantio, o clima tem sido mais chuvoso e, portanto, favorável ao desenvolvimento da safra”, resume Natália.

Com relação aos estoques, a demanda externa deve continuar sendo direcionada para o grão do Brasil, em função da maior competitividade do produto brasileiro. “O dólar mais forte já está causando uma migração da demanda dos Estados Unidos para o Brasil, que se refletem em recorde de exportação deste último, em detrimento de vendas mais fracas do primeiro”, destaca a analista, em relatório.

Milho

A INTL FCStone manteve sua perspectiva de queda de área plantada na primeira safra do milho de 5,6% em relação ao ciclo 2014/15. De acordo com a analista Ana Luiza Lodi, o plantio do cereal no Paraná apresenta um excelente andamento, em meio às chuvas registradas no estado, que garantem uma boa umidade do solo. Já no Rio Grande do Sul, o plantio está cerca de dois terços completo e as condições das lavouras são muito boas, a despeito da geada ocorrida em setembro e das chuvas mais volumosas em algumas regiões.

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Fonte: INTL FCStone

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